O dólar opera em alta no mercado doméstico, seguindo a tendência internacional em meio à queda das commodities. Os investidores buscam proteção na moeda americana por causa da piora nas tensões sino-americanas e expectativas pelo relatório de empregos dos EUA (payroll) de julho (9h30) e o desfecho das negociações sobre um acordo em torno de um novo pacote de ajuda aos EUA para impulsionar a economia em meio à pandemia de coronavírus.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho veio em linha com a mediana do mercado, ao registrar alta de 0,36%, ante 0,26% em junho. O resultado do mês passado ficou dentro do intervalo das projeções do mercado(de 0,21% a 0,54%). No ano até julho, o IPCA acumula alta 0,46% e, em 12 meses, alta de 2,31%, também em linha com a mediana das estimativas (intervalo de 2,15% a 2,50%).
No exterior, os investidores reagem à determinação do presidente Donald Trump para que as transações dos EUA com as empresas chinesas Tencent e ByteDance – controladoras dos aplicativos WeChat e TikTok, respectivamente -, sejam interrompidas em 45 dias. Na ordem executiva que afeta o TikTok, Trump argumenta que o aplicativo impõe riscos à segurança nacional e economia dos EUA.
O governo Chinês respondeu nesta sexta-feira, acusando os EUA de "manipulação política". "Os EUA estão usando segurança nacional como desculpa, frequentemente abusam do poder nacional e suprimem empresas de outros países de forma não razoável", disse Wang Wenbin, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês. "Esse é um ato simplesmente hegemônico.
A China se opõe firmemente a ele" e a iniciativa irá prejudicar empresas e consumidores americanos, acrescentou o porta-voz.
O embate entre americanos e chineses ofusca o aumento muito acima do esperado das exportações da China em julho, assim como o salto nas exportações e produção industrial da Alemanha em junho.
Às 9h19, o dólar á vista subia 0,39%, a R$ 5,3639.
O dólar futuro para setembro ganhava 0,58%, a R$ 5,3690.