Dólar sobe com exterior ante pandemia, menor liquidez na China e impasse nos EUA

O dólar opera em alta nesta quinta-feira, 28, com a persistente aversão a risco no exterior. Às preocupações globais com a pandemia e o enxugamento de liquidez na China, anunciado nas últimas horas, somam-se a deterioração do quadro fiscal do governo brasileiro e a expectativa com o resultado das eleições no Senado e Câmara na semana no cenário doméstico. No exterior, ainda pesam o impasse nas negociações sobre novos estímulos fiscais nos EUA e o fato de o Fed mostrar desconforto com o grau de recuperação da economia americana, após manter inalterada sua política monetária ontem.

Os efeitos da pandemia no mercado de trabalho no Brasil puderam ser vistos hoje, quando o IBGE divulgou mais uma parcial do ano. A taxa de desocupação no Brasil ficou em 14,1% no trimestre móvel encerrado em novembro de 2020. Em igual trimestre móvel de 2019, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 11,2%. A população fora da força de trabalho subiu em 11,3 milhões de pessoas em um ano. No trimestre até novembro, faltou trabalho para 32,2 milhões de pessoas mesmo com a recuperação dos últimos meses.

No radar dos investidores está ainda o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no quarto trimestre do ano passado (10h30), além dos dados do Caged de dezembro e do ano passado (10h30), e o déficit do governo central de 2020 (14h30). Após o fechamento do mercado, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa de evento às 18h30.

Mais cedo, o Índice de Confiança da Indústria caiu 3,6 pontos em janeiro ante dezembro, para 111,3 pontos, o primeiro resultado negativo após oito meses consecutivos de expansão. Às 10h10 desta quinta, o dólar à vista subia 0,75%, aos R$ 5,4477.

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