Dólar sobe com volta de tensão sobre coronavírus e PIB dos EUA no radar

O dólar opera em alta frente o real na manhã desta quinta-feira, 30, alinhado à valorização da moeda americana em relação a outras divisas emergentes ligadas a commodities em meio à volta da aversão a risco nos mercados internacionais por causa da disseminação rápida do coronavírus na China e para outros 18 países.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) fará uma reunião de emergência nesta quinta para decidir se declara o surto de coronavírus como emergência global de saúde pública. É esperada ainda, nos Estados Unidos, a divulgação da primeira estimativa do PIB do 4º trimestre (10h30).

Mais cedo, no exterior, o índice DXY, que compara o dólar ante seis moedas fortes e que operava com viés de baixa, acelerou a queda em meio ao fortalecimento da libra e do euro, reagindo à decisão do Banco da Inglaterra (BoE) de manter a taxa de juros em 0,75% ao ano.

O BoE sinalizou também que um corte de juros pode ser necessário, se sinais de recuperação global não se sustentarem, e cortou suas projeções de alta do PIB do Reino Unido em 2020, de 1,25% para 0,75%; em 2021, de 1,75% para 1,50%; e em 2022, de 2% para 1,75%.

No mercado local, mais cedo, foi divulgado que o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 0,48% em janeiro, de 2,09% em dezembro, ficando abaixo da mediana do levantamento Projeções Broadcast (0,54%), mas dentro do intervalo, de 0,31% a 0,63%. No acumulado de 12 meses, o IGP-M ganhou força e subiu a 7,81%, de 7,30% da divulgação anterior, mas também ficou abaixo da mediana (7,88%) e dentro do intervalo (7,11% a 7,99%).

Às 9h39 desta quinta, o dólar à vista subia 0,51%, a R$ 4,2405. O dólar futuro de fevereiro avançava 0,25%, a R$ 4,2415. No exterior, o índice DXY caía 0,09%, a 97,897 pontos. O euro subia a US$ 1,1026, ante US$ 1,1010 no fim da tarde de quarta-feira. A libra ganhava a US$ 1,3086, de US$ 1,3015 no fim da tarde de ontem.

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