O dólar opera em alta nesta terça-feira, após cair nas últimas três sessões, em meio à cautela no exterior antes da decisão de política monetária do Federal Reserve, na quarta-feira (10). A moeda americana volta a ter demanda, sobretudo de importadores, uma vez que o investidor local também já está considerando o feriado nacional de Corpus Christi nesta quinta-feira, dia 11, quando os mercados no exterior devem operar normalmente.
Mais cedo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo vai prorrogar a concessão do auxílio emergencial a informais por mais dois meses e que espera que, em 60 dias, haja organização de retorno seguro ao trabalho no País.
O salto de 1,36% do IGP-M na primeira prévia de junho está em segundo plano. O indicador havia caído 0,32% na primeira leitura de maio. O investidor mantém a aposta de corte mais agressivo da Selic, de 75 pontos-base, na semana que vem. O mercado também está em compasso de espera pelo IPCA de maio, que sai nesta quarta.
Com o período de silêncio começando amanhã entre os membros do Copom, uma semana antes da decisão sobre juros, o mercado acompanha a participação do diretor de Política Econômica do BC, Fabio Kanczuk, em evento virtual do Credit Suisse (10h). Também deve monitorar a o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, em videoconferência da Comissão Externa da Câmara (12h30).
Especialistas avaliam que as manobras do governo para mascarar o número de mortes causadas pela covid-19 podem configurar crime de responsabilidade ao presidente Jair Bolsonaro, e para Pazuello. E o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o Ministério da Saúde volte a divulgar a íntegra dos dados de covid-19 em balanços diários.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começa a julgar, nesta terça, ações que pedem a cassação da chapa Bolsonaro-Mourão, e o Tribunal de Contas da União (TCU) analisará a representação do senador Fabiano Contarato (Rede-ES) sobre os gastos sigilosos no cartão corporativo de Jair Bolsonaro.
Às 9h26, o dólar à vista subia 0,13%, a R$ 4,8609. O dólar futuro para julho ganhava 0,90%, a R$ 4,8715.