O dólar opera em alta firme nesta quarta-feira (15) em meio à aversão a risco no exterior e a piora do sentimento do investidor sobre o Brasil. No radar estão eventual demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que defende o isolamento social na contramão do que pensa o presidente Jair Bolsonaro.
Na terça, em editorial, o jornal americano <i>The Washington Post</i> classificou a postura de Bolsonaro diante da crise da coronavírus como "de longe, o caso mais grave de improbidade" entre todos os líderes mundiais.
O embate entre governo e Congresso também traz preocupação, porque trava o andamento de medidas que têm a finalidade de socorrer Estados e municípios, além do próprio Orçamento federal, neste momento de avanço da pandemia de coronavírus no País.
No exterior, os balanços dos bancos Goldman Sachs, Citigroup e Bank Of America frustram as expectativas, adicionando pressão de baixa aos futuros de Nova York e também bolsas europeias. Além disso, o petróleo volta a tombar com previsões sombrias para a demanda anunciadas pela Agência Internacional de Energia (AIE) mais cedo.
ÀS 9h22, o dólar à vista subia 1,12%, a R$ 5,2497. O dólar futuro para maio saltava a R$ 5,2550 em meio à falta de ação do Banco Central com oferta de liquidez.
A FGV informou logo cedo que o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 1,13% em abril, após ter aumentado 0,64% em março. O resultado ficou abaixo da mediana do mercado, de 1,31%, mas dentro do intervalo (de 0,64% a 1,59%), de acordo com o Projeções Broadcast, do sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.