Detido na Espanha acusado de violência sexual, desde 20 de janeiro, Daniel Alves pode estar perto de realizar um acordo. Pela primeira vez, ele reconheceria que cometeu o ato sexual sem consentimento e faria um ressarcimento econômico à vítima. As informações são do portal El Español. O ex-jogador já mudou sua versão dos fatos algumas vezes desde que as acusações começaram. Uma jovem de 23 anos alega ter sido estuprada pelo ex-atleta em um casa noturna no bairro de Sutton, em Barcelona, no dia 30 de dezembro do ano passado.
Ao todo, foram cinco mudanças de depoimento. Em todas, Daniel declarou-se inocente. Todas as vezes que sua defesa entrou com pedido de liberdade condicional foram negados. Seu ex-advogado, Cristóbal Martell (que já trabalhou para Lionel Messi), não conseguiu comprovar de forma contundente sua inocência. Ele, então, trocou de defensor e passou a ser representado pela advogada Inés Guardiola, de acordo com o Canal Cuatro. Martell não tinha tanta experiência com casos de crimes sexuais.
Segundo a imprensa espanhola, Inés Guardiola tem características muito diferentes de Martell. Com um perfil muito mais discreto e menos midiático, a advogada de 35 anos tem experiência em casos como o do ex-atleta. Com os advogados anteriores, ele tentou diversas vezes responder ao processo em liberdade e teve todas as tentativas negadas pela Justiça. Agora, pode ter esperança de liberdade pela primeira vez.
Daniel Alves está detido desde o início de 2023 em uma penitenciária perto de Barcelona. De acordo com a legislação espanhola, o brasileiro pode, se for condenado, ficar na cadeia por até 15 anos. O julgamento deve acontecer entre outubro e novembro.