Daniel Cargnin foi o melhor brasileiro no segundo dia de disputas do Mundial de Judô em Abu Dabi. Gaúcho, o judoca homenageou seu estado, afetado pelas enchentes, com a bandeira do Rio Grande do Sul no quimono, mas acabou perdendo a decisão do bronze por acúmulo de shidos, ficando em quinto.
O dia em Abu Dabi foi frustrante para Cargnin, já garantido para Paris-2024. Depois de duas belas vitórias contra o francês Joan-Benjamin Gaba (waza-ari no golden score) e o italiano Manuel Parlati (aplicou dois waza-aris), o judoca da categoria até 73 kg acabou desclassificado diante de Hidayat Heydarov, do Azerbaijão, por hansokumake (supostamente ter defendido um golpe com a cabeça).
O lutador esperava que a Confederação brasileira de Judô (CBJ) entrasse com recurso, o que não ocorreu. A organização da prova permitiu, contudo, que Cargnin voltasse na repescagem, na qual superou o mongol Erdenebayar Batzaya por ippon, garantindo presença na disputa por medalhas.
Mesmo melhor diante de novo judoca da Mongólia, desta vez Anbkzaya Lavjargal, o brasileiro acabou cometendo um erro que custou o pódio. Ambos tinham dois shidos (punições), quando o brasileiro deu uma entrada falsa e acabou levando a terceira e decisiva punição.
Na disputa até 66kg, Willian Lima também acabou derrotado após um falso ataque. O brasileiro fazia combate equilibrado com o japonês Ryoma Tanaka nas oitavas de final, mas acabou levando o terceiro shido e terminou na sétima colocação. Na primeira luta, ele superou Serdar Rahimnov por acúmulo de punições.
Jéssica Lima caiu na estreia diante da turca Hasret Bozkurt após levar virada na luta. A brasileira vencia o combate na categoria até 57 kg com um waza-ari, mas acabou derrotada após duas projeções para waza-ari-awassete-ippon.