Variedades

Danilo Gentili – “O humor está num crescente”

Leia a entrevista que o humorista deu à Revista Free São Paulo

Danilo Gentili é a "bola da vez" no stand-up brasileiro. Com um humor sarcástico e inteligente, ele vem aumentando a sua legião de fãs e ganhando cada vez mais espaço na TV, onde começou com o CQC na tela da Band. O sucesso foi imediato e, em pouco tempo, ganhou um talk show só dele, o Agora É Tarde, a segunda maior audiência da emissora, que ganha mais espaço na telinha.

Alías, Gentili, nascido em Santo André, em 27 de setembro de 1979, é precoce em tudo o que faz. Na infância começou fazendo curtas-metragens com amigos e, na adolescência, seu nome caiu na internet onde mantinha um blog. Determinado dia, fazendo comédia stand-up em um bar, foi descoberto por diretores do CQC. Convidado a fazer um texto, não deu outra: emplacou de vez no projeto capitaneado por Marcelo Tas.

Ele vive uma de suas melhores fases profissionais. Gentili garante que nunca planejou nada. "Sempre fui trabalhando e as coisas foram acontecendo", declarou.

Tímido até hoje, este corinthiano de 1,92m e 85 quilos, formado em publicidade, está otimista com o humor produzido no Brasil. Para ele, muita coisa ainda está por acontecer. "Mas o humor está num crescente. Muitos bares e teatros deram mais espaço ao gênero".

Show – Nesta segunda-feira, dia 17, o comediante estará no Memorial da América Latina, para um show no lançamento da Revista Free São Paulo.

Quando você descobriu que fazia um humor sarcástico e inteligente?

GENTILI – Sempre gostei de humor e TV. Desde criança. Fiz muitos filmes, curtas com amigos. Na adolescência tive blog na internet. Sempre acompanhei o stand-up nos filmes.

Em algum momento imaginou que ganharia a vida como humorista, que teria fama na profissão? Quando isso aconteceu?

GENTILI – Nunca imaginei. Sempre fui trabalhando e as coisas foram acontecendo. Comecei a viver só de comédia mesmo em 2007.

Na adolescência, você era um cara tímido?

GENTILI – Sim, até hoje.

Quando foi a primeira vez que você arriscou fazer humor em troca de alguns trocados? Houve frustração?

GENTILI – Há alguns anos, nos idos de 2005/2006. Esta minha primeira experiência foi satisfatória, diria.

Como surgiu em sua vida o projeto CQC?

GENTILI – Os diretores do programa me viram num bar, fazendo stand-up. Fui convidado a fazer um texto e acabei ficando.

Seu talento é indiscutível. Ainda assim, imaginou que iria se destacar mais que seus colegas de programa?

GENTILI – Todos os meus colegas têm seu talento e seu destaque. São perfis diferentes. Mas não achava que daria nisso não.Seu talk show Agora É Tarde é a segunda maior audiência da Band.

Este formato de programa é um sonho realizado ou mais uma oportunidade que surgiu em sua vida?

GENTILI – Diria que as duas coisas! Sempre gostei do formato late-night. Batalhei pra isso e foi também uma oportunidade que o diretor da Cuatro Cabezas, Diego Barredo, e Band me deram.

No talk show você mostrou o dançarino Adenilson Silva, o "Homem Picanha", entrevista que arrebentou pelo País. Levá-lo ao programa foi provar que seu faro como jornalista continua aguçado?

GENTILI – É o momento dele. Acho que foi legal a entrevista! Quanto à escolha, é feita em conjunto com a equipe de produção do meu programa.

Nos bastidores dizem que você deverá sair do CQC para assumir outros projetos. Se isso acontecer, será gostoso sair do CQC pela porta da frente?

GENTILI – O CQC é um programa importante pra mim! Não sei como será 2012, mas estou à disposição para somar sempre com o programa!

A imprensa britânica, precisamente o jornal The Observer, deu grande destaque ao seu trabalho numa reportagem que fala sobre a revolução da comédia no Brasil. Existe mesmo esta revolução?

GENTILI – Acredito que sim! Muita coisa mudou e melhorou. Em 2010 fiz um show só de política, virou DVD. E acho que muitos comediantes estão fazendo comédia com autenticidade e qualidade.

O que mudou no humor brasileiro nos últimos cinco anos, a partir de 2006 quando você fundou o grupo Comédia ao Vivo?

GENTILI – Mais grupos nasceram, mais comediantes de qualidade, mais espaço na TV, internet. Muito ainda tem-se a fazer e a melhorar. Mas o humor está num crescente. Muitos bares e teatros deram mais espaço ao gênero.

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