A Petrobras informou que dos 17 sindicatos de petroleiros que representam os seus empregados, 10 acataram as propostas da empresa para encerrar a greve iniciada no dia 29 do mês passado. “Porém, ainda há registro de mobilizações em algumas unidades”, afirmou a companhia.
Em comunicado, a Petrobras informou que o impacto da greve na produção de petróleo desde o dia 9 de novembro foi de 5% do total, o equivalente a 100 mil barris por dia. Já a produção de gás natural foi reduzida em 1,5 milhão de metros cúbicos, 3% da disponibilidade do mercado, segundo a empresa.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) recomendou aos seus sindicatos que encerrassem o movimento na última sexta-feira, 13, após acatar as propostas apresentadas pela estatal. Em seguida, os sindicatos afiliados realizaram assembleias para votar se seguiriam a indicação da FUP.
Já a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), entidade dissidente de menor abrangência, decidiu não aceitar as propostas da Petrobras e indicou a continuidade das paralisações até esta quarta-feira, 18, quando novas assembleias serão realizadas em seus sindicatos.
A Petrobras propôs reajustar os salários dos empregados em 9,53% e manter os benefícios trabalhistas previstos no acordo de 2014. No entanto, informou que não vai pagar os salários relativos à metade do período da greve. A FNP quer um reajuste maior, de 18%, e não aceitou o corte de pagamentos.
Também sindicatos de dois Estados ligados – Espírito Santo e Minas Gerais – e da Bacia de Campos, ligados à FUP, decidiram manter o movimento, até que a empresa concorde em não descontar salários por parte dos dias parados.
Outra reivindicação dos petroleiros era a retomada dos investimentos e a suspensão do plano de venda de ativos. A estatal mantém o programa de desinvestimentos e promove cortes de gastos, mas aceitou formar um grupo técnico do qual os sindicalistas farão parte para elaborar um estudo a ser entregue ao governo federal e à diretoria da empresa. O estudo deve ser concluído em 60 dias.