Política

De 212 mil votos a menos de 300, ex-prefeito de Guarulhos mergulha no ostracismo

Ex-prefeito de Guarulhos e uma das figuras mais controversas da política municipal, Jovino Cândido (PV) teve uma queda vertiginosa em sua trajetória ao terminar as eleições de 2024 com 299 votos para vereador. O resultado é um contraste gigantesco para quem, 24 anos atrás, acumulava mais de 212 mil votos como candidato a prefeito.

A caminhada de Jovino começou dentro da própria Câmara Municipal de Guarulhos, onde ingressou em 1983 como Oficial Legislativo. Ele permaneceu nessa função até 1996, quando foi eleito vice-prefeito na chapa de Néfi Tales. Com a cassação de Tales em 1998, Jovino assumiu a prefeitura e passou a ser o nome forte do Partido Verde (PV) na cidade. Seu mandato como prefeito terminou em 2000, após perder a eleição para Elói Pietá, então membro do Partido dos Trabalhadores (PT), por 1.107 votos de diferença em um colégio eleitoral de 546.932 pessoas aptas a votar. Naquele pleito conquistou 212.731 votos contra 213.838 de Elói Pietá, que conquistou a Prefeitura pela primeira vez.

Dois anos depois, em 2002, ele foi eleito deputado federal por São Paulo com 99.357 votos. Em 2004, enfrentou Pietá novamente nas urnas e, mesmo perdendo no primeiro turno, conseguiu expressivos 157.848 votos, representando 30,36% dos votos válidos.

Após o auge em 2004, sua popularidade começou a declinar. Em 2006, uma tentativa de reeleição para deputado federal rendeu 37.392 votos, insuficientes para uma nova cadeira no Congresso. Já em 2008, tentou pela terceira vez ser prefeito de Guarulhos, mas terminou em terceiro lugar no primeiro turno, com 97.464 votos.

Agora, 24 anos depois, a candidatura de Jovino a vereador encerra com menos de 300 votos — uma diferença abissal para o político que já movimentou centenas de milhares de eleitores no passado. Ele está na coligação que tinha como candidato a prefeito o deputado federal Alencar Santana (PT). Há menos de um mês das eleições, Jovino foi às redes sociais para informar que estava deixando de apoiar Alencar, por não concordar com os ataques da campanha dele ao ex-prefeito Elói Pietá (Solidariedade).

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