A queda na produção industrial em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal, informada nesta quinta-feira, 3, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi observada em 14 dos 26 ramos industriais pesquisados.
O destaque foram os recuos registrados por bebidas (-3,6%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-4,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-4,2%), produtos de metal (-3,2%), produtos de madeira (-6,1%) e artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-2,7%).
No geral, os bens intermediários registraram queda de 0,7% em março ante fevereiro. No acumulado entre janeiro e março, a queda nessa categoria foi de 3,9%, informou André Macedo, coordenador de Indústria do IBGE.
No outro sentido, entre os 12 ramos que ampliaram a produção em março ante fevereiro, os desempenhos de maior importância para a média global foram assinalados por indústrias extrativas (3,9%) e perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (4,7%).
Subiram tanto os bens de capital (2,1% em março ante fevereiro) quanto bens de consumo duráveis (1,0%, na mesma comparação). Segundo Macedo, a primeira categoria foi impulsionada por máquinas agrícolas, enquanto os destaques de alta na segunda foram a produção de veículos e de itens da linha marrom, com destaque para televisores.
“Vemos o evento Copa do Mundo como fator para aumento da produção desses itens”, disse Macedo.
Revisões
O IBGE revisou o dado da produção industrial de fevereiro ante janeiro, que passou de uma alta de 0,2% para elevação de 0,1%. A revisão foi puxada pelos bens intermediários, cuja queda em fevereiro ante janeiro passou de 0,7% para 1,0%.
Já a produção de bens de capital em fevereiro ante janeiro teve a taxa revisada de +0,1% para +0,8%. A produção de bens de consumo durável passou de uma alta de 1,7% para um avanço de 3,2%.