Quando Usain Bolt ainda era considerado o melhor velocista do mundo, Andre De Grasse era o principal nome a suceder o posto deixado pelo jamaicano. Até então com quatro medalhas, três no Rio-2016 e o bronze nos 100 metros na Olimpíada de Tóquio-2020, o canadense finalmente conseguiu nesta quarta-feira, na capital japonesa, o tão sonhado ouro na prova dos 200 metros, cravando o seu nome na história como um dos maiores velocistas dos últimos tempos.
Na final disputada no estádio Olímpico de Tóquio, De Grasse marcou o tempo de 19s62, novo recorde de seu país. Para completar o pódio veio a dobradinha dos Estados Unidos, com Kenneth Bednarek (19s68) e Noah Lyles (19s74).
Em uma arrancada fulminante, similar à estratégia usada nas épocas áureas de Bolt, De Grasse ultrapassou Bednarek depois da curva e, na reta final, confirmou o seu favoritismo na prova, colocando no peito a sua primeira medalha de ouro da carreira.
Melhor da temporada 2021, a marca obtida por De Grasse nesta quarta-feira foi a oitava da história da prova, atrás dos jamaicanos Bolt e Yohan Blake e dos americanos Michael Johnson, Justin Gatlin, Tyson Gay, Noah Lyles e Walter Dix.
Grande candidato a sucessor de Bolt, De Grasse já tinha quatro medalhas em olimpíadas e quatro em Mundiais, mas ainda não tinha uma de ouro. Ele foi vice-campeão dos 200 metros nos Jogos do Rio-2016 e também no Mundial de 2019.
Em outra final nesta quarta-feira, o Quênia confirmou o favoritismo e conseguiu uma dobradinha no pódio dos 800 metros. Emmanuel Korir deu duas voltas na pista do estádio Olímpico de Tóquio em 1min45s06 para garantir o ouro. Seu compatriota Ferguson Rotich apertou o passo no fim para ultrapassar Pavel Dobek e levar a medalha de prata em 1min45s23. O polonês fechou o pódio com 1min45s39.