A técnica Pia Sundhage comandou nesta quinta-feira a primeira atividade com o grupo completo da seleção feminina em Sydney. Com a presença das 23 convocadas, a sueca liderou o penúltimo trabalho antes do primeiro duelo contra a Austrália, neste sábado, no Commbank Stadium. A atividade ocorreu no período da tarde no CT Sydney Showgroun.
Na chegada a Sydney, as atletas que se apresentaram na noite de quarta-feira (horário local) tiveram que cumprir quarentena obrigatória, seguindo o protocolo sanitário do governo australiano. No início da tarde, com todos os resultados negativos para a covid-19, o grupo foi autorizado a se juntar ao restante da delegação.
Com todo o elenco disponível, Pia Sundhage intensificou o trabalho de preparação e apresentou a ideia de jogo do Brasil para os dois compromissos diante da Austrália – o segundo será na terça-feira, também em Sydney. Na primeira etapa da atividade, as atletas fizeram um trabalho de passe e movimentação com o intuito de ajudar na liberação pós-viagem. Já nos 30 minutos finais, a sueca priorizou uma atividade de finalização em velocidade, exigindo que as atletas desafiassem a linha defensiva. Por último, dividiu o grupo para um coletivo curto de 11 x 11, projetando a equipe que atuará contra as donas da casa.
Nesta sexta-feira, Pia Sundhage comandará o último treinamento antes do primeiro jogo. A atividade está marcada para o palco da partida, no Commbank Stadium.
ARY BORGES – De olho na renovação da seleção feminina, Pia Sundhage tem aproveitado para utilizar as janelas da Data Fifa, que antecedem a Copa América de 2022, para conhecer e testar novos talentos. A mescla de um grupo com jogadoras jovens e experientes é, para a sueca, uma fórmula de sucesso para os próximos objetivos. Para os dois jogos diante da Austrália, por exemplo, a equipe conta, entre as 23 selecionadas, com nove atletas com menos de 23 anos.
Remanescente da penúltima geração da seleção sub-20, Ary Borges é uma das jogadoras que vem ganhando oportunidades com Pia Sundhage. Campeã do Brasileiro Feminino A-2 de 2019 e vice-campeã do Brasileiro Feminino de 2021, a meia já foi convocada em cinco oportunidades pela sueca e ganhou os primeiros minutos na equipe principal ao entrar nos dois duelos diante da Argentina.
Brigando por um espaço na equipe, Ary Borges tem pela frente fortes concorrentes no meio de campo brasileiro. O alto nível das companheiras é um elemento que, segundo a meia, a motiva ainda mais em busca de um lugar entre as selecionáveis de Pia Sundhage.
"Primeiro é uma disputa muito saudável. É muito bacana quando você tem tantas jogadoras de um nível tão alto, isso querendo ou não, te motiva a cada dia querer ser melhor. É muito bacana pra mim, pelo menos, estar aqui aprendendo com quem está há mais tempo. Óbvio que a gente também vai cavando o nosso espaço para poder ajudar no que a Pia precisar", enfatizou.
De olho nos dois jogos com a Austrália, Ary Borges traz na bagagem a experiência internacional com a seleção sub-20. Com a equipe, disputou o Sul-Americano e o Mundial, ambos em 2018. O lastro com a base, para a meia, faz com que os desafios sejam encarados com mais tranquilidade, mas claro, sem perder aquele "friozinho na barriga".
"A gente tem um pouquinho dessa experiência. Quem passou pela base consegue ter um preparo psicológico diferente em relação a esses jogos. Mas com certeza o frio na barriga vem, aquele nervosismo bacana é o que também nos move a jogar futebol, esse friozinho . Então, é muito importante pra gente ter essa experiência, ter bons jogos, não só pra gente, mas para o grupo em si, enfrentando seleções mais fortes nessa preparação do novo ciclo. As expectativas são as melhores, fazer aquilo que a Pia pede e seguir o plano de jogo", finalizou.