Uma das grandes esperanças de medalha para o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, adiados para 2021 por causa da pandemia do novo coronavírus, o velejador Robert Scheidt iniciou nesta quinta-feira o seu período final de preparação neste ano. Ele, que se tornará recordista do País com sete participações em Olimpíadas, desembarcou em Portugal para treinos e competição na classe Laser.
Scheidt vai realizar a última etapa de preparação do ano em Vilamoura. Além de treinar, vai competir no 3rd Portugal Grand Prix – round 1 entre os próximos dias 8 e 12. "Espero que corra tudo bem. O objetivo é treinar contra os melhores da Europa e aproveitar o campeonato para ganhar ritmo. Este foi um ano totalmente atípico, no qual tive poucas chances de velejar e estou animado com a possibilidade de voltar a competir e terminar 2020 disputando regatas", disse o maior medalhista olímpico do Brasil, com cinco pódios.
O bicampeão olímpico explicou porque escolheu finalizar os treinos de 2020 na região do Algarve, no sul de Portugal. "Vilamoura é hoje um grande centro de treino de inverno em função da temperatura ser mais amena nos meses de inverno. Além disso, oferece boas condições de velejada, com mar aberto e ondas no oceano Atlântico. Com bom regime de ventos, os melhores atletas do continente costumam vir para a cidade nessa época do ano", analisou.
O Portugal Grand Prix será a segunda competição de Scheidt desde o início da pandemia da covid-19. Em setembro, o brasileiro conquistou o vice-campeonato italiano da classe Laser, em Follonica, na região da Toscana – o título não veio por apenas um ponto. Ele venceu a última regata do campeonato que reuniu 45 velejadores de oito países.
Scheidt retornou à classe Laser em 2019 após quase três anos ausente, desde os Jogos do Rio-2016, onde terminou na quarta colocação mesmo vencendo a "medal race" (regata da medalha). Nesse período de readaptação às novas técnicas e nova mastreação, cumpriu seu objetivo principal que foi obter o índice para Tóquio com o 12.° lugar no Mundial da Classe Laser de 2019, em Sakaiminato, no Japão. Ele confirmou a vaga no Mundial da Austrália, em fevereiro deste ano, quando chegou à flotilha ouro e foi o melhor brasileiro na disputa.