De olho nas eleições para presidente do São Paulo, Marco Aurélio Cunha deixou nesta terça-feira suas funções na Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O dirigente ocupava há cinco anos o cargo de coordenador das seleções brasileiras femininas. Segundo comunicado da CBF, a saída aconteceu em comum acordo.
A entidade destacou que Cunha teve atuação fundamental na reestruturação e consolidação da seleção e do futebol feminino no País. "O Marco Aurélio fez um trabalho admirável no desenvolvimento do futebol feminino, que hoje é uma prioridade dentro da CBF. Fui testemunha de sua competência, dedicação e do seu comprometimento ao longo desses anos de convivência", afirmou o presidente da CBF, Rogério Caboclo.
"Sabemos que o Marco tem outros projetos e entendemos conjuntamente que havia chegado o momento dele sair. Fica o meu agradecimento, com a certeza de que suas qualidades pessoais e profissionais ficarão marcadas na seleção brasileira feminina", acrescentou.
O projeto de Cunha é se candidatar à presidência do São Paulo. Ele já havia declarado anteriormente seu interesse em participar do pleito marcado para dezembro. Agora terá que buscar aliados para formar uma chapa e apresentar sua candidatura para suceder Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, que não pode tentar a reeleição.
Oficialmente, Marco Aurélio ainda não confirmou sua candidatura. O único candidato já confirmado é o ex-diretor de marketing Julio Casares, que tem apoio de grupos da situação e também da oposição, como o ex-presidente José Eduardo Mesquita Pimenta. O atual vice-presidente, Roberto Natel, é outro nome que surge entre os conselheiros para o pleito. Ele é rompido com Leco desde 2018.
Durante sua gestão no futebol feminino na CBF, a seleção faturou títulos importantes, como a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto-2015 e a Copa América do Chile, em 2018. Na base, a seleção feminina levou o Sul-Americano Sub-20, em 2015; o Sul-Americano Sub-20, em 2018; o Sul-Americano Sub-17, também em 2018; e a Liga Sul-Americana Sub-19, em 2019, entre outros.