Guti (PSB) com 208.591 e Eli Corrêa Filho (DEM) com 135.134 obtiveram juntos 343.725 votos. Isto significa que 559.085 guarulhenses não optaram por nenhum dos dois no primeiro turno. Destes, 142.563 preferiram o branco ou nulo, fora os 156.380 que não compareceram às urnas. Ou seja, existe uma maioria considerável de eleitores que podem, em tese, pender para qualquer um dos lados.
Zero a zero
Baseados nestes números, especialistas em eleições garantem que a disputa para o 2º turno estaria partindo do 0 a 0. Acreditam que a vantagem obtida por Guti no dia 2 ficou para trás e que começou uma nova eleição. Seguindo esta premissa, a campanha de Eli tenta passar a impressão que, a partir de agora, tudo será diferente. Para isso, o democrata vem ganhando reforços de marqueteiros que vieram até de outros estados, carregando no currículo histórias de viradas.
De fora
Em entrevista coletiva ontem, Eli Corrêa Filho deixou claro que pode trazer secretários de fora de Guarulhos, caso não encontre na cidade nomes técnicos com capacidade para resolver determinados problemas específicos. Citou como exemplo o prefeito de Salvador, ACM Neto, que importou do Governo de São Paulo o secretário de Finanças para colocar as contas da capital baiana em ordem.
Nova política
Um dos sucessos de Guti nas urnas se deve à marca do novo, que ele conseguiu imprimir em sua campanha. O ex-vereador, sempre que pode, frisou que defendia a “nova política”, uma bandeira levantada pela ex-senadora Marina Silva, que criou a Rede de Sustentabilidade, que colocou o advogado Alexandre Zeitune na chapa do vencedor do 1º turno. Coincidência ou não, na coletiva, Eli citou ser representantes da “nova política” por mais de cinco vezes.
Deu ocupado
Na coletiva de Guti, na segunda-feira, o candidato do PSB afirmou que recebeu – sem revelar de quem – telefonemas de candidatos a prefeito derrotados no primeiro turno. Eli, por sua vez, disse que não recebeu uma ligação sequer dos adversários, mas que fez questão de telefonar para todos. Só não disse qual deles atendeu. Em tempo: até aqui nenhum prefeiturável anunciou apoio pessoal a qualquer um dos dois. Há sim, informações sobre um ou dois que bateram na porta de ambos, sem sucesso.
