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De volta para casa, Gabriel Medina se diz mais maduro e projeta um 2019 melhor

Depois de quase um ano de trabalho duro, que culminou no bicampeonato mundial de surfe, Gabriel Medina terá um período de férias e descontração. Neste sábado ele chegou ao Brasil com festa da torcida no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), e vai comemorar à noite o seu aniversário de 25 anos com a presença de familiares e amigos, entre eles Neymar. Mas garante que logo voltará o foco para o tricampeonato mundial e a vaga olímpica nos Jogos de Tóquio/2020, no Japão.

“É muito bom voltar para casa e ser recepcionado assim. Quando estou na água, o que mais penso é na torcida brasileira e na minha família. Isso é fruto do meu trabalho e esforço. Meu foco vai ser tentar a vaga olímpica pelo Circuito Mundial. Esse ano vai ser diferente, vou aproveitar agora esse momento, quando voltar para trabalhar, será treino duro. Quero estar muito em Tóquio e vou buscar esse sonho de participar da Olimpíada”, disse.

O surfista foi campeão mundial em 2014 e repetiu a dose este ano no Havaí. De quebra, ainda foi campeão da etapa de Pipeline, um sonho antigo. No início do ano, ele já havia falado que sabia o que precisava fazer para ser campeão porque já tinha percorrido o caminho quatro anos atrás. Agora, com a sensação de dever cumprido, promete que em 2019 o foco estará maior ainda, até por causa da corrida olímpica.

“Ano que vem será muito importante, quero me concentrar 200%, quero me qualificar e estar no Japão, representar nossa bandeira. Agora é hora de curtir, mas vou ter me dedicar mais. Sei o que quero e vou atrás disso”, avisou o atleta, reconhecendo que está mais amadurecido com a experiência que adquiriu nos últimos anos.

“Desde 2014 o que mudou foi a experiência. São alguns anos no circuito, bati na trave, tive vitórias, derrotas e fui aprendendo. Sou mais maduro e me sinto mais preparado para tudo isso. Esse ano foi mais tranquilo, o tempo passou mais rápido, consegui me concentrar mais. Acho que a diferença é que me sinto mais maduro”, continuou.

Após ganhar o título mundial em 2014, o surfista lembra que relaxou um pouco. Acabou vendo Adriano de Souza, o Mineirinho, seu amigo, ganhar em 2015 e nos dois anos seguintes quem ficou com a taça foi o havaiano John John Florence. Mas neste ano Medina voltou ao lugar mais alto do pódio e sabe que todo aprendizado das disputas anteriores foi fundamental para sua nova conquista.

“Em 2014, o que aconteceu era tudo novo. Querendo ou não dei uma relaxada, aproveitei mais a vida, mas esse ano foi um pouco diferente. Pela lição dos últimos anos que bati na trave, me dediquei um pouco mais. Lembrei o que tinha feito em 2014 e o que precisava fazer para chegar com chances de título. Esse ano botei um pouco mais de mim, todos os treinos estava me sentindo bem. Mesmo quando perdia, era surfando bem. Estava bem animado, queria muito isso. Foram escolhas que deram certo e acabaram sendo recompensadas agora”, revelou.

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