O baú de Décio Pignatari (1927-2012) foi aberto. Com a supervisão de seu filho Dante, seu espólio está sendo catalogado e digitalizado. Parte desse acervo poderá ser vista até o dia 25 de outubro na exposição Arquivo Décio Pignatari: Um Lance de Dados, no Centro Cultural São Paulo. A abertura, nesta quinta, 20, coincide com a data de nascimento do intelectual.
Com curadoria de Maria Adelaide Pontes e Marcio Harum e organização da Ateliê Editorial, a mostra apresentará livros, datiloscritos, áudios, partituras, correspondências, entre outros itens que ajudam a contextualizar a obra poética e teórica do autor de livros como Teoria da Poesia Concreta – Textos Críticos e Manifestos (1950-1960), que escreveu com Haroldo e Augusto de Campos, com quem fundaria o Concretismo. Escreveu, ainda, Semiótica e Literatura, O Que é Comunicação Poética, Contracomunicação e o infantil Bili Com Limão Verde na Mão, entre outros.
A exposição pretende mostrar as diferentes facetas de Pignatari, que foi ensaísta, semioticista, tradutor e professor. Na mostra, será possível conhecer algumas das referências do homenageado, como Stéphane Mallarmé, Ezra Pound e Oswald de Andrade. Num computador, o visitante poderá ter acesso ao material já catalogado e seus livros estarão lá para serem manuseados.
Também estão sendo organizados debates acerca da obra de Décio Pignatari. Na próxima quinta-feira, 27, às 19 horas, Signatari: do verbal ao não verbal reunirá Augusto de Campos, Tadeu Jungle e Walter Silveira. Dante Pignatari será o mediador. Na sexta, 28, às 19 horas, Claudio Ferlauto fará a palestra Décio Pignatari e o Memorial da Cultura – IDART.