A defesa do empresário Carlos Wizard classificou como absurda a inclusão dele no rol de pessoas que o relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), sugeriu indiciar por crimes cometidos na pandemia.
Em nota enviada à imprensa, o advogado Alberto Toron, que representa Wizard, disse que ele não é responsável por definir políticas públicas sobre saúde e muito menos de combate à covid-19. O relatório da CPI sugere que o empresário seja indiciado por epidemia com resultado morte e incitação ao crime.
"Portanto, o indiciamento dele é um absurdo. A defesa vai aguardar que a conclusão, o relatório da CPI seja enviado para o Ministério Público, e vamos ver qual encaminhamento jurídico será dado. Aí, sim, nos manifestaremos de forma mais ampla e concludente", afirmou o advogado.
O relatório aponta Wizard como integrante do gabinete paralelo, que, segundo as investigações da comissão, assessorava o presidente Jair Bolsonaro nas decisões em torno da gestão da pandemia. Entre elas, estão a defesa do kit Covid, com medicamentos ineficazes contra o coronavírus, e da tese da imunidade de rebanho por contágio.