Um erro crucial da defesa do Corinthians, aos 37 minutos do segundo tempo, tirou a equipe do técnico Oswaldo de Oliveira do G6 a cinco rodadas para o final do Campeonato Brasileiro. A zaga não cortou uma bola fácil, o zagueiro Pedro Henrique vacilou e cometeu um pênalti. O atacante da Chapecoense, Bruno Rangel, não desperdiçou e o jogo no estádio Itaquerão, em São Paulo, terminou empatado por 1 a 1.
O resultado foi péssimo para o Corinthians, que foi ultrapassado pelo Atlético Paranaense (51 a 50) e deixou a zona de classificação para a Copa Libertadores. Com 43 pontos, a Chapecoense, mais preocupada com a Copa Sul-Americana – está nas semifinais contra o San Lorenzo, da Argentina -, está em 11.º lugar.
Depois que abriu o placar com Giovanni Augusto, também de pênalti, aos 29 minutos da etapa final, o Corinthians teve chance de marcar, no mínimo, mais um gol. E teria sacramentado a vitória. Mas a falta de poder ofensivo é uma das marcas deste limitado Corinthians. Essa foi a tônica do jogo.
O vacilo aos 40 minutos do primeiro tempo de Romero, que é o principal atacante do time, é um exemplo. A jogada foi bem trabalhada, pelo meio e pelos lados do campo. Só não houve a conclusão. O paraguaio furou dentro da área, dando mais munição aos seus críticos. Essa foi a única chance de gol durante os primeiros 45 minutos.
A etapa inicial teve erros de passes em excesso. A Chapecoense se postou bem em seu campo e fechou os espaços do Corinthians, que não conseguiu entrar na área do goleiro Danilo. A bola rodou entre os meias Giovanni Augusto, Marquinhos Gabriel, Marlone e Rodriguinho. Isso, contudo, não foi suficiente para o time abrir o placar.
O que valeu a pena na primeira etapa foi um lindo drible de Giovanni Augusto, dentro da área adversária, colocando a bola entre as pernas do marcador. Seu pecado foi chutar fraco (e em cima do goleiro).
Walter, que se machucou mais uma vez, saiu de campo com 15 minutos de jogo. Ele não fez uma defesa. Assim como Cássio, que ganhou mais uma chance no time e não trabalhou na primeira etapa. A torcida apoiou o ex-goleiro titular no momento em que ele entrou no jogo, mas é pouco provável que continue no clube em 2017.
No segundo tempo, Oswaldo de Oliveira mexeu no time e trocou dois jogadores de meio de campo que rendiam muito abaixo do esperado: Marlone e Marquinhos Gabriel. Rildo, um dos que entraram na etapa final, sofreu o pênalti que mudou o jogo. Mas a jogada foi construída por Rodriguinho, que armou o lance de ataque. Rildo ganhou na velocidade, ganhou do lateral-direito Gimenez e sofreu o pênalti. Giovanni Augusto bateu mal, mas abriu o placar aos 29 minutos.
O gol modificou a partida porque a Chapecoense se lançou ao ataque, deu espaços na defesa e só não sofreu mais gols porque nem assim o Corinthians aprimorou as suas finalizações. O gol de Bruno Rangel premiou a equipe de Santa Catarina, que fez um jogo correto. Com ou sem Libertadores em 2017, o Corinthians terá de reforçar muito além da chegada de Jô.
FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 1 x 1 CHAPECOENSE
CORINTHIANS – Walter (Cássio); Fagner, Vilson, Pedro Henrique e Uendel; Camacho, Marquinhos Gabriel (Lucca), Giovanni Augusto, Rodriguinho e Marlone (Rildo); Angel Romero. Técnico: Oswaldo de Oliveira.
CHAPECOENSE – Danilo; Gimenez, Thiego, Neto e Dener Assunção; Matheus Biteco, Gil (Hyoran) e Cleber Santana; Ananias (Lucas Gomes), Bruno Rangel e Tiaguinho. Técnico: Caio Júnior.
GOLS – Giovanni Augusto (pênalti), aos 29, e Bruno Rangel (pênalti), aos 38 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS – Lucca (Corinthians); Gimenez e Tiaguinho (Chapecoense).
ÁRBITRO – Jean Pierre Gonçalves Lima (RS).
RENDA – R$ 1.247.140,00.
PÚBLICO – 25.064 pagantes.
LOCAL – Estádio Itaquerão, em São Paulo (SP).