Esportes

Del Nero é cobrado por vice da CBF por faltar a compromissos no exterior

Enquanto no auditório da CBF um sorteio definia os confrontos das quartas de final da Copa do Brasil, no quarto andar do mesmo prédio na Barra da Tijuca, no Rio, uma reunião de rotina entre dirigentes da entidade ganhava seu momento de tensão. Quase ao final do encontro, o presidente Marco Polo Del Nero questionou Delfim de Padua Peixoto Filho – um de seus cinco vice-presidentes – se ele tinha algum apontamento a fazer. E Delfim demonstrou toda sua inconformidade com a ausência de Del Nero em compromissos oficiais da CBF no exterior.

Segundo relato de quem esteve no encontro, todos teriam ficado surpresos quando Delfim tocou no tema. “Por que o senhor não viaja mais ao exterior?”, indagou o dirigente, que também preside a Federação Catarinense de Futebol. “Isso está prejudicando nosso futebol.”

Del Nero se defendeu alegando que “o momento do futebol brasileiro” não permite que ele se ausente, referindo-se à CPI do Futebol instalada no Senado. A resposta não teria sido suficiente para convencer Delfim.

Membro do Comitê Executivo da Fifa, Del Nero já deixou de participar de duas reuniões da entidade, o que pode resultar em seu afastamento. O cartola parou de fazer viagens ao exterior no final de maio, logo após a ação que prendeu sete dirigentes em Zurique, entre eles José Maria Marin, ex-presidente da CBF.

Vice-presidente mais velho da CBF depois de Marin, Delfim Peixoto é o primeiro na linha sucessória da entidade em caso de impedimento de Del Nero. O dirigente catarinense está rompido com o presidente da CBF desde que Del Nero tentou manobrar para mudar o estatuto e mexer justamente na linha de sucessão.

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