Polícia

Delator do PCC executado no aeroporto de Guarulhos foi morto por PM, diz Corregedoria

A Corregedoria da Polícia Militar deflagrou nesta quinta-feira (16) uma operação para cumprir 15 mandados de prisão e sete de busca e apreensão contra policiais militares suspeitos de estarem envolvidos com uma organização criminosa. Os mandados são cumpridos em endereços da capital e Grande São Paulo. Entre os investigados está um cabo da PM identificado como autor dos disparos que mataram o delator do PCC, Vinícius Gritzbach, no aeroporto de Guarulhos, em 9 de novembro.

A ação, denominada Prodotes, conta com a participação da força-tarefa instituída pela Secretaria da Segurança Pública, que busca identificar outros envolvidos e eventuais mandantes do crime.

Os policiais militares integrantes da quadrilha passaram a ser investigados em março do ano passado, quando a Corregedoria recebeu uma denúncia sobre possíveis vazamentos de informações sigilosas que favoreciam criminosos ligados à facção.

Essa investigação evoluiu para um inquérito policial militar, instaurado cerca de sete meses depois, no qual foi apurado que os envolvidos, entre militares da ativa, da reserva e até ex-integrantes da instituição, conseguiam favorecer membros de uma organização criminosa, evitando prisões ou prejuízos financeiros.

Entre os beneficiados pelo esquema estavam líderes da facção e até mesmo pessoas procuradas pela Justiça.

Foi descoberto, ainda, que policiais prestavam escolta para criminosos, como é o caso do homem assassinado no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Ele tinha envolvimento com lavagem de dinheiro e duplo homicídio. Os militares que prestavam serviço ao suspeito sabiam sobre os crimes e também integravam à quadrilha.

Após as investigações, a Corregedoria conseguiu, junto à Justiça, a expedição dos mandados. Mais detalhes serão informados ao término da operação.

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