Em delação premiada, a ex-procuradora-geral do Estado da Paraíba, Livânia Farias, afirmou que o deputado federal Efraim Filho (DEM-PB) recebeu R$ 2 milhões de propina em troca do apoio eleitoral à campanha que reelegeu o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), em 2014.
Coutinho chegou a ser preso em 20 de dezembro na Operação Calvário, que mira desvios de até R$ 134,2 milhões da Saúde em sua gestão. Por ordem do ministro Napoleão Maia, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o ex-chefe do Executivo foi solto no dia seguinte.
Na delação, Livânia disse ter ouvido de um ex-secretário que houve um acordo para que Efraim Filho apoiasse a chapa de Coutinho. Segundo ela, metade do dinheiro teria sido paga no dia em que o acordo com Efraim foi fechado, ainda em 2014. O deputado afirmou que a delação não foi acompanha por provas. "Faz referência a um mandato já encerrado, cujas contas da eleição 2014 foram analisadas e aprovadas pela Justiça Eleitoral". Ele disse ter deixado à disposição da Justiça seus dados fiscais, bancários e telefônicos.
Em nota, Coutinho afirmou que a acusação é "genérica". "Com a maior serenidade digo ao povo paraibano que contribuirei com a Justiça para provar minha total inocência". Segundo o ex-governador, "jamais seria possível um Estado ser governado por uma associação criminosa e ter vivenciado os investimentos e avanços nas obras e políticas sociais nunca antes registrados". As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>