A cassação da candidatura (e perda de mandato) do deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) e a aposta em Brasília de que o mandato do senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) terá o mesmo caminho resultaram em um alvoroço nas redes sociais, com a viralização no Twitter de hashtags como "grande dia" e "bem feito", por parte dos apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva; e "ditadura" pela oposição que defende o ex-procurador e o ex-juiz da Operação Lava Jato.
Um dos principais influenciadores aliados a Lula nas redes sociais, o deputado federal André Janones (Avante-MG) comemorou: "Aqui se faz aqui se paga". O parlamentar publicou uma montagem sarcástica que faz referência a um dos momentos mais emblemáticos do ex-procurador na Lava Jato: a apresentação de PowerPoint responsabilizando Lula pelas denúncias do esquema de corrupção.
Mais tarde, o perfil oficial do governo federal no Twitter fez sátira semelhante à de Janones.
<b>Bem feito</b>
Usuários também comemoraram o fato de que a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi unânime, ressaltando ainda o "bem feito" irônico, na mesma linha de que a cassação seria resultado da própria atuação do ex-procurador.
<b>Solidariedade</b>
A deputada federal Rosangela Moro (União Brasil-SP) usou suas redes sociais para reafirmar apoio a Deltan. "Que a justiça prevaleça, e que Dallagnol possa prosseguir em sua nobre missão em busca da verdade, da justiça e do bem comum", disse. A parlamentar ainda prestou solidariedade ao colega e aos eleitores do ex-procurador.
O comentarista Adrilles Jorge, também solidário a Deltan, alegou que "o povo teve seu mandato cassado na ditadura brasileira".
<b>Moro</b>
A hashtag tic tac também ganhou destaque nas postagens, indicando que o ex-juiz Sérgio Moro seria o próximo a perder o mandato. Eleito senador pelo União Brasil após lançar uma candidatura a presidente pelo mesmo Podemos de Dallagnol, Moro enfrenta no TRE-PR uma Ação Investigativa Judicial Eleitoral. O processo é movido pelo PL e baseado em supostas irregularidades de financiamento de campanha, o que o ex-juiz nega.