Em entrevista ao Estadão, o procurador Deltan Dallagnol afirmou que o procurador-geral da República, Augusto Aras, tem uma postura "equivocada" em relação às forças-tarefa. Deltan deixou o grupo da Lava Jato em Curitiba na última terça-feira.
<b>Onde está a maior ameaça à Lava Jato? No Congresso, no Supremo ou na PGR?</b>
Decisões dessas três esferas podem ter impactos tremendos na operação e, mais importante, no futuro da luta contra a corrupção. No momento, a questão central é a prorrogação da força-tarefa, que precisa ser decidida até dia 9.
<b>Augusto Aras quer acabar com a Lava Jato? Por quê?</b>
Tenho o maior respeito pelo procurador-geral, mas a postura dele em relação às forças-tarefa está equivocada. Elas são modelos de atuação no Brasil e no mundo. É algo a ser mantido, expandido e replicado.
<b>O sr. se arrepende de algo que fez na Operação Lava Jato?</b>
Hoje, por exemplo, chamaria vários outros órgãos para participar e aperfeiçoar o acordo feito com a Petrobrás. Embora tenha permitido que mais de R$ 2 bilhões ficassem no Brasil, gerou desgastes que poderiam ter sido evitados.
<b>O PowerPoint foi um erro? </b>
Esse foi outro episódio que, embora tenha se dado dentro da lei, gerou polêmicas e desgastes. Hoje faria diferente.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>