Economia

Demanda pelo diesel S-50 ainda é baixa nos postos de Guarulhos

Combustível com menor emissão de poluentes começou a ser vendido no início deste mês

A demanda pelo diesel S-50, de baixo teor de enxofre – com 50 miligramas por quilo de combustível (mg/kg) – requisito básico para os motores Euro 5, ainda é baixa na cidade de Guarulhos. Os postos de combustível, ao longo da rodovia Presidente Dutra, começaram a vender o novo diesel desde o dia 1º de janeiro.

De acordo com William Utino, gerente do posto Sakamoto, situado no km 210 da rodovia Presidente Dutra, na região do Bonsucesso, poucos motoristas solicitam para abastecer com o diesel S-50. "O aumento da demanda do novo combustível vai depender do aumento da frota de caminhões com motores mais recentes. Em média diária, 10 caminhoneiros solicitam o diesel S-50, que é R$ 0,20 mais caro".

O S-50 provoca menos emissões de poluentes, como material particulado e óxidos nitrosos. Mas esta vantagem só valerá para os veículos mais novos, equipados com motores de padrão Euro 5 ou P-7, e apenas se for usado em associação com o produto Agente Redutor Líquido Automotivo, mais conhecido pela sigla Arla 32. A redução dos poluentes podem ser reduzidas em, no mínimo, 80%, segundo previsão da Petrobras.

Para os motores atuais, com tecnologia P-5 ou EURO 3, que utilizam o combustível S-500, o teor de enxofre do diesel é de 500 parte por milhão (ppm). Assim, o benefício ambiental da utilização do diesel S-50 é a redução de 10% a 15% na emissão de material particulado, segundo a Petrobras. A estatal informa que em janeiro de 2013, fornecerá um novo diesel, com teor de enxofre ainda menor que o S-50, o diesel S-10, que no futuro substituirá o S-50.

Entenda como funciona o agente redutor químico

A Associação dos Fabricantes de Equipamentos para Controle de Emissões Veiculares da América do Sul (Afeevas) defende o Arla 32 – Agente Redutor Líquido Automotivo 32 – como opção comprovadamente eficaz na redução da emissão de poluentes nos gases de escape dos veículos a diesel.

A entidade alerta, no entanto, não se tratar de um aditivo para o combustível a base de uréia, mas sim, de um agente químico complexo e de alta pureza que é injetado no tubo de escape, reduzindo a emissão de óxidos de nitrogênio.

O Arla 32 não é um combustível, nem um aditivo de combustível. Seu abastecimento é feito de forma semelhante ao diesel, mas separadamente do combustível, em um tanque específico do veículo.

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