Segundo o Sindicato dos Químicos de Guarulhos e Região (Sindiquímicos) 47 funcionários da Fundação para o Remédio Popular (Furp) foram demitidos ou aderiram ao Programa de Demissão Voluntária no primeiro semestre de 2017 na unidade da empresa em Guarulhos.
Ainda segundo o sindicato, haveria a previsão de demissão de 300 funcionários na unidade localizada em Guarulhos, o que – na visão da entidade, que não explicou de que forma – poderia prejudicar a população, já que a Furp fornece medicamentos nos postos das Farmácias Dose Certa.
Em 2013, a Furp teve seus laboratórios cedidos, por meio de uma Parceria Público Privada (PPP), para a EMS, maior farmacêutica de capital nacional. Com essa mudança, o Governo de São Paulo passou a comprar medicamentos fabricados em suas próprias instalações.
“Diante do cenário atual da economia do nosso País, a diretoria do Sindiquímicos repudia e lamenta, mais uma vez, a intransigência do governo Alckmin e do secretário estadual de Saúde, que junto à direção da FURP, optou por mais uma decisão cruel do governo do Estado e pela redução de seu quadro de funcionários”, disse o presidente do sindicato Antônio Silvan Oliveira.
Segundo a Furp, as demissões foram detalhadamente esclarecidas aos funcionários e estão fundamentadas em pareceres jurídicos. Os desligamentos não teriam afetado as ações da empresa que “está em pleno funcionamento”. Em Guarulhos a fábrica produz, por ano, cerca de 470 milhões de unidades farmacotécnicas, entre comprimidos e cápsulas.



