Cidades

Demonstração de força

Muita gente ainda aposta que o vice-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), pode migrar para o PSDB a fim de ser o candidato oficial do atual governador Geraldo Alckmin a sua sucessão. Porém, independente desta manobra, que teria como objetivo garantir a hegemonia tucana por mais quatro anos, o vice vem trabalhando intensamente para avançar, mesmo permanecendo no partido que preside, o que é muito mais provável de ocorrer.  
 
Quinto partido
Nesta segunda-feira, França anunciou a presença do quinto partido na sua chapa para disputar a sucessão ao Governo de São Paulo. Trata-se do PSC, um dos partidos que embarcou de cara na candidatura de Guti a prefeito em 2016, quando poucos acreditavam nas chances do ex-vereador chegar à Prefeitura de Guarulhos. 
 
Tempo de TV
O anúncio de França neste momento é fundamental para ele se fortalecer na verdadeira guerra silenciosa (mas nem tanto), que vem travando com o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), na disputa por apoio de partidos  lideranças políticas da base aliada de Alckmin. Com o acerto desta segunda, o vice-governador garante que tem hoje o maior tempo no horário eleitoral gratuito de rádio e televisão. 
 
Barba e cabelo
Segundo o vice-governador, que deve assumir o cargo maior a partir de abril, quando Alckmin deve se desincompatibilizar para disputar a Presidência, ele já tem 18 minutos por dia garantidos na propaganda eleitoral na TV. E vai além: “mais partidos virão nos próximos dias”. O cálculo de França se baseia no número de parlamentares que ele tem em sua base hoje: nada menos que sem 100 parlamentares. Se o PSDB for para o lado dele, será barba, cabelo e bigode. 
 
O contra-ataque 
Já Dória segue suas costuras políticas, tramando nos bastidores, pelas costas de seu padrinho, o governador Geraldo Alckmin. Vendo o crescimento de França, ele foi – durante o carnaval – até Salvador buscar o apoio de ACM Neto, que emplacaria um nome do DEM, provavelmente o secretário estadual de Habitação, Rodrigo Garcia, como o vice na chapa tucana. Outra possibilidade é a chegada do PSD de Kassab. As duas possibilidades podem esbarrar dentro do próprio PSDB, caso o governador convença o tucanato da importância de ter o PSB ao seu lado na corrida à Presidência. 
 
Contra a população
Mais uma vez, alguns setores completamente fora da realidade, demonstraram nesta segunda-feira que seguem contra a população. As manifestações desta segunda-feira, que seriam para protestar contra a Reforma da Previdência, já tirada de pauta com a intervençao no Rio de Janeiro, serviram apenas para prejudicar a população. Não acrescentaram nada para o jogo democrático. Se houvesse o mínimo de discernimento, os tais líderes – sempre os mesmos – demonstram que não têm qualquer preocupação com a sociedade. Ao parar os ônibus e fazer barricada na Dutra, coincidentemente atos iderados por vereadores do PT, eles só comprovam o que muitos já perceberam. Não estão nem um pouco preocupados com o bem estar comum.
 

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