Cidades

Dengue: perigo também nos condomínios

Segundo o Ministério da Saúde, de janeiro a outubro de 2010 foram registrados 202.312 casos da doença no Estado de São Paulo

Com a chegada do verão e, consequentemente, o período de chuvas, aumenta a incidência das doenças que proliferam com as enchentes. A dengue, doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, é uma delas.

Segundo o Ministério da Saúde, de janeiro a outubro de 2010 foram registrados 202.312 casos da doença no Estado de São Paulo. Em comparação com o ano passado (com 9.710 casos), houve um aumento de 1.983,5%

 Por isso, é preciso alertar para a importância da prevenção também nos condomínios. "Temos o compromisso em colaborar com o combate à doença, levando a uma parcela significativa da população que reside em condomínios informações e recomendações preventivas", afirma o vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi-SP, que integra o Comitê de Combate à Dengue,Hubert Gebara.

Segundo ele, ações preventivas são o melhor caminho para controlar a doença e impedir a proliferação. Nos condomínios, cabe ao morador verificar possíveis focos e adotar as medidas preventivas em seu apartamento, principalmente em varandas, onde há muitos vasos de plantas. O ideal é colocar pratos justapostos, encher com areia ou furá-los, e também não esquecer de limpar bordas de vasilhas de comida e água dos animais.

 O fosso de elevador geralmente acumula água e abriga razoável quantidade de mosquitos. É de lá que eles acessam os andares, uma vez que a capacidade de vôo do Aedes gira em torno de dois metros. Ao atingir os pavimentos superiores, o mosquito procria, pica e transmite a doença. O ovo do mosquito sobrevive até 460 dias – cerca de um ano e meio.

 O síndico deve tomar providências destinadas às áreas comuns do edifício: manter piscinas sempre com cloro e na quantidade adequada; colocar cloro ou sal de cozinha nos ralos, principalmente da garagem, locais escuros e aprazíveis ao mosquito; evitar acúmulo de água em tambores e sobre guaritas com laje sem caída. É importante orientar os funcionários para que verifiquem pneus, gangorras e objetos para reciclagem de forma a não acumularem água.

 Para quem for viajar ou se ausentar de sua residência por um período maior deve adotar os cuidados recomendados antes de sair de casa e também checar as condições do local onde irá ficar, eliminando imediatamente potenciais focos da doença.

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