Cidades

DENÚNCIA – Veículos do transporte escolar de Guarulhos sofrem atentados

Sis veículos da empresa Bonauto, responsável pelo transporte de estudantes em Mogi das Cruzes, Guarulhos, Poá, Santo André, Itaquaquecetuba e Salesópolis, foram abordados por homens armados e os condutores obrigados a parar e descer.

A denúncia é feita pela empresa Bonauto, que divulgou nota sobre o fato que ocorreu na manhã desta quarta-feira. Em seguida, os homens furaram pneus e romperam o lacre das placas dos veículos. Um homem foi encaminhado para o 7o Distrito Policial de Guarulhos, onde está sendo lavrado o Boletim de Ocorrência. Crianças e adolescentes que estavam sendo transportados sofreram ferimentos leves.

Testemunhas, em depoimentos à polícia, afirmam que integrantes do Sindradeete (Sindicato dos Trabalhadores e Instrutores em Auto Escolas, Centro de Formação de Condutores, Despachantes, Empresas de Transporte Escolar e Anexos de Guarulhos e Região) e antigos prestadores de serviço participaram da ação criminosa. Entre outros, prestaram depoimentos a diretora da escola Pastor e Vereador Antonio Grotkovsky, Maria Iva de Assunção Ramos, e a vice-diretora Kelly Cristina de Almeida.

Durante a operação do bando, passava no local uma patrulha da Polícia Militar, que, chamada pelos condutores da Bonauto, conseguiu flagrar um integrante da quadrilha. Os outros fugiram.

Esta não é a primeira vez que veículos da Bonauto são atacados pelo mesmo grupo. Logo nos primeiros dias de vigência do contrato, os ônibus e vans também sofreram atentados. A empresa Bonauto assumiu a prestação do serviço de transporte escolar pouco mais de um mês atrás, em licitação que apresentou melhor preço e melhor proposta para o transporte dos estudantes. A vitória da Bonauto na licitação quebrou um inexplicável monopólio de mais de 20 anos na região.

Para a Bonauto, o objetivo dos quadrilheiros é tirar de circulação os veículos para caracterizar descumprimento de contrato e, com isso, trazer de volta uma antiga prestadora de serviço. O governo do Estado de São Paulo pagava, até o mês passado, R$ 22 milhões a mais, por ano, pelo serviço de transporte escolar. Daria para construir, todo ano, mais duas escolas só com o preço superfaturado que vinha sendo cobrado.

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