Dois depoimentos marcaram, nesta terça-feira, o segundo dia de audiência a respeito do caso do assassinato de Mércia Nakashima. A reunião acontece na Vara do Júri do Fórum Central de Guarulhos.
Nilza Porto de Souza, ex-esposa do acusado, começaria sua participação. Antes, no entanto, ficou estabelecido que ela deveria depor como informante e não como testemunha – que leva a depoente a não ter obrigação de falar a verdade.
Nilza teria entrado em contradição durante a audiência que podem levá-la a ser acusada por denúncia caluniosa.
Contradições – O delegado Antonio de Olim, investigador do crime, ficou mais de duas horas em depoimento e mostrou que as diferenças entre versões dadas permeiam o caso. Ele conta que, em pelo menos três depoimentos que Mizael deu à polícia, detalhes foram relatados de modos diferentes.
Durante a audiência ele vai mais longe e afirma que o acusado e Evandro Bezerra, que supostamente teria auxiliado Mizael no crime, foram os responsáveis do assassinato de Mércia em Nazaré Paulista.
Olim achou estranho o fato de Mizael alegar que, no dia da morte de Mércia, estaria com uma garota de programa. "É estranho ele não lembrar da cor do cabelo dela ou se havia pagado. Ele também disse que ela era uma mulher casada e não podia mostrar à polícia por causa do marido", argumenta.
No lado de fora do fórum, pessoas pediam em gritos a prisão para Mizael. Familiares de Mércia esticaram faixas com mensagem de justiça. Segundo o promotor Rodrigo Merli Antunes, o caso pode ir para o júri popular.