Agora é oficial. Desde 2005 como sede, Guarulhos não será sede da 48ª edição da Copa São Paulo de Juniores. A competição de número 48 do principal torneio de base do Brasil não terá o suporte da Prefeitura, que já está ausente desde 2011. Há seis temporadas, o Flamengo, em logística financeira conjunta com o Corinthians, custeia a própria participação no certame.
Essas despesas são referentes à alimentação, hospedagem, transporte e lavanderia para 100 pessoas. Tais requisitos são responsabilidade da Prefeitura responsável pela sede, todavia, para zelar a imagem da agremiação e propriamente do município, a diretoria do Corvo e o parceiro assumiram todos os encargos supracitados.
“É uma pena o que ocorre em Guarulhos, pois a Copinha é um evento tradicional no calendário dos torcedores flamenguistas. E, curiosamente, nas últimas temporadas, vemos emergir sedes que não possuem clubes representantes, como Ilhabela, Louveira e Águas de Lindóia. Infelizmente, o Flamengo não teve o aval da prefeitura e, assim, está sem condições de arcar com todas as responsabilidades mais uma vez. Temos outras prioridades em 2017. Afinal, a logística da Série A3 já começou”, explicou o diretor de futebol rubro-negro, Edson David Filho.
Além da falta de apoio municipal, o dirigente flamenguista lamentou o não prosseguimento das atividades da categoria sub-20, que realiza mais uma grande campanha no Estadual. Desta forma, os atletas Rubro-Negros nascidos em 1997 não terão a última oportunidade de representar as oito listras guarulhenses na Copinha.
“Ficar de fora desse torneio é ainda mais triste se analisarmos o futuro dos atletas que estão defendendo o Flamengo de forma brilhante no Campeonato Paulista sub-20. Afinal, devemos passar de fase mais uma vez. Porém, fica a torcida para que essa atração retorne ao cronograma de atrações de Guarulhos e do nosso Corvo em 2018”, sintetizou Edson David Filho.
Durante o seu período de participação na tradicional Copinha (1999 e 2005-2016), o Flamengo de Guarulhos avançou de fase em duas oportunidades: 2014, quando protagonizou a campanha mais efetiva, marcando presença nas oitavas de final – eliminado pelo Atlético-MG, então dirigido por Rogério Micale, responsável por conduzir a Seleção Brasileira de futebol masculino ao ouro inédito nas Olimpíadas do Rio de Janeiro –, e 2016, comandado por Marcelo Marelli, derrotado pelo Palmeiras no primeiro estágio de mata-mata, em São José dos Campos.