O U2 está, definitivamente, a fim de fazer valer a passagem da banda por São Paulo. Horas depois de deixar o gigantesco palco montado no Estádio do Morumbi, na zona sul de São Paulo, na noite de quinta-feira, 19, a banda já estava pronta, arrumada e vestida no topo do Edifício Copan, na manhã de sexta-feira, 20, para realizar uma gravação em vídeo. O jornal “O Estado de S. Paulo” apurou que o tempo de permanência da banda no prédio projetado por Oscar Niemeyer foi curto e as imagens podem ser usadas em um videoclipe ou material promocional do novo disco da banda, Songs of Experience, a ser lançado no dia 1.º de dezembro.
No embalo do passeio pelo centro da cidade, o baixista Adam Clayton, que é casado desde 2013 com a modelo brasileira Mariana Teixeira de Carvalho, estendeu a sua permanência pela área, almoçou no bar A Casa do Porco, na República, na companhia de Marcello Dantas e o cineasta, artista e ativista chinês Ai Weiwei, presente na cidade para participar da programação da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo na qual é um dos homenageados.
A passagem da banda pela cidade também incluiu uma outra gravação, desta vez no heliporto da sede da TV Globo em São Paulo, na terça-feira, 17, para um quadro do Fantástico, programa dominical da emissora. No domingo, 15, ainda, o grupo assistiu ao show de Paul McCartney, no estádio Allianz Parque, de cima do palco – mas, obviamente, escondido.
A turnê
E a proximidade com Paul McCartney deve ter feito bem para Bono e companhia. Com frases prontas em português, o vocalista da banda irlandesa fez o uso da simpatia do ex-Beatle para conquistar a sua própria plateia – muito mais numerosa, inclusive, com 72 mil pessoas presentes no Morumbi, enquanto o Allianz recebeu 45 mil. Não que precisasse desse esforço, afinal o U2 é uma banda acostumada a dominar arenas gigantescas há tempos, mas a gentileza soou, no mínimo, cordial para um público que praticamente esgotou os ingressos para as quatro apresentações do grupo pela cidade – restam poucos ingressos para os três shows restantes.
No palco, à frente de um telão de 1,6 mil m² e imagens em altíssima resolução, Bono, The Edge, Adam Clayton e Larry Mullen Jr. fazem a função de máquina do tempo, como a DeLorean do filme De Volta Para o Futuro, pingando de cena em cena no passado, na tentativa de mudar o futuro – e com o cuidado de não estragar o presente nem arruinar demasiadamente o que está por vir.
Isso porque, de repente, estamos em 1987, ano que saiu The Joshua Tree, disco mais importante da carreira do U2 e homenageado na turnê ao ser executado na íntegra. Neste passado, o mundo é um caos e muros dividem nações. Tal como os dias atuais. O U2, que volta ao palco neste sábado, 21, domingo, 22, e na próxima quarta, 25, mostra que um disco nascido do ódio ainda soa dolorosamente atual.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.