Diante dos calotes da Prefeitura com seus fornecedores, o prefeito Sebastião Almeida (PT) reconheceu a dívida que o Governo Municipal possui com a Uzêda Comércio e Serviços Ltda, que cede veículos, por meio de locação à GCM (Guarda Civil Municipal). O chefe do Executivo afirmou que pretende renegociar os valores contratuais com a prestadora.
Em função da falta de pagamento pelo serviço prestado, a Uzêda, que também presta seus serviços à Prefeitura de São Bernardo do Campo (SP), que tem como administrador o petista Luiz Marinho, bloqueou na última sexta-feira, 15, algumas viaturas da GCM como retaliação ao não recebimento dos valores acordados em contrato com a municipalidade e com isso impossibilitou a sua utilização.
A empresa que tem sede na Capital possui atualmente dois contratos com valores a receber da Administração Pública. O primeiro foi assinado em janeiro do último ano e com validade de 12 meses. Desta proposta, a Uzêda executou pouco mais de R$ 1,5 milhão e recebeu R$ 1,1 milhão de um contrato que tem como valor total a quantia de R$ 1,7 milhão. O outro tem validade até o dia 31 deste mês, e também com débitos. Ou seja, precisa receber mais de R$ 1 milhão.
Ciente da dívida existente, Almeida afirmou que pretende seguir com suas medidas austeras adotadas no último mês e reavaliar os contratos que a Prefeitura possui com seus fornecedores. De acordo com ele, o município vive uma nova realidade e que todos precisam se adaptar às novas condições. O mandatário do Paço Municipal ressaltou que pretende renegociar os valores, mas sem informar o prazo.
"A atitude que nós vamos tomar será o corte, tendo isso em todas áreas e temos que nos adaptar a nova realidade. Eu não sei qual é a situação atual do contrato com a empresa e sei que temos uma pendência com eles. Vamos buscar uma situação acordada e buscar reduzir todos os contratos, inclusive os da GCM", declarou o prefeito Sebastião Almeida (PT).
Já o diretor da locadora de veículos, Paulo Uzêda, disse em entrevista ao GuarulhosWeb, que viaturas foram bloqueadas, porém, não informou a quantidade, mas que aguarda um posicionamento do Chefe do Executivo em relação ao débito de mais de R$ 1 milhão existente da municipalidade com sua empresa. O gestor também reconheceu a dificuldade financeira que atravessa a cidade.
"Houve (o bloqueio de viaturas) e não estão mais bloqueadas. Preciso de informações da Prefeitura (sobre as condições de pagamento quanto a prestação de serviço que se encerra neste final de mês). O pessoal lá não fala nada, ninguém chama pra conversar e muito menos faz uma proposta. Eu sei disso (sobre a falta de dinheiro da Prefeitura)", encerrou Uzêda.