O chefe de adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Fernando Rocha, apresentou a sensibilidade da dívida brasileira a algumas variáveis econômicas. De acordo com ele, uma depreciação de 1% do câmbio reduz de imediato a relação entre a Dívida Líquida do Setor Público e o Produto Interno Bruto (DLSP/PIB) em 0,16 ponto porcentual (pp). Em termos nominais, essa variação é de R$ 9,9 bilhões.
Já o aumento da Selic em 1 ponto estável por 12 meses incide em alta de 0,28 ponto na DLSP/PIB, o que representa R$ 14,3 bilhões. No caso de uma alta da inflação de 1 ponto, também por 12 meses, tem impacto de 0,13 ponto na DLSP/PIB, ou R$ 8,1 bilhões.
Swap
Rocha afirmou ainda que a depreciação de 6,2% no câmbio em maio levou a perdas com operações de swap no mês da ordem de R$ 22 bilhões. Ele relatou ainda que essa fatura de swap teve impacto direto na conta de juros, que ficou em R$ 52,877 bilhões em maio. Em abril, essa despesa havia sido bem menor, de R$ 2,213 bilhões.