Política

Deputado busca solução para o IML de Guarulhos

Em atenção aos recorrentes apelos da população guarulhense, o deputado federal Eli Corrêa Filho (DEM-SP) encaminhou ofício ao secretário de Segurança Pública, doutor Alexandre de Moraes, solicitando a “implementação de gestões no sentido de garantir a permanência da sede do IML [Instituto Médico Legal] em Guarulhos e viabilizar a ampliação das instalações físicas”. O Repórter do Povo solicitou, ainda, que o número de médico legistas aumente.
 
O IML de Guarulhos também atende a população de Mairiporã, Arujá e Santa Izabel. Optar pela desativação da unidade traria grandes transtornos para milhares de famílias.
 
O deputado ressalta a importância da conciliação em nome do bem-estar da população. “Temos certeza das motivações saudáveis de todos os envolvidos. Precisamos presar, porém, por agilidade na melhoria da qualidade do serviço”, afirma. O deputado lembra, ainda, que os agentes públicos não podem perder de vista que o tema é delicado e atinge as famílias em um momento de muita fragilidade. “Já não bastando a dor pela perda de um ente querido, o cidadão não pode ficar exposto a problemas de ordem burocrática”, conclui.
 
A unidade tem sido alvo de discussões há bastante tempo. Em 2013, a Câmara aprovou a revogação de doação da área que seria destina para a instalação de nova sede do IML e do Instituto de Criminalística. O local descartado fica ao lado do Cemitério Necrópole do Campo Santo, na Vila Rio.
 
Desde que o Estado optou por não utilizar a área com mais de 5 mil m², conforme publicação do jornal Folha Metropolitana, a Secretaria de Segurança Pública estaria avaliando outros terrenos.
 
Também em 2013, a Câmara de Vereadores chegou a designar representantes da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Habitação e Assistência Social com o intuito de apurar algumas denúncias sobre o atraso na liberação de corpos. Na época, já se apurou que muitas viaturas estavam em manutenção e não havia carros suficientes para cobrir a demanda da cidade, conforme publicado pelo portal Guarulhos Web.
 
Mais recentemente, em dezembro do ano passado, o impasse sobre a permanência ou não do IML na cidade foi abordado por veículos de comunicação da cidade. O portal GuarulhosWeb noticiou que a integração dos serviços funerários entre Município e Estado, firmadas desde 1976, está ameaçada. 
 
Com relações estremecidas entre as esferas de poder, o atendimento às famílias enlutadas pode ficar comprometido. Com isso, registram-se transtornos em serviços como a realização de autópsias, constatações e motivos das mortes.
 

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