O presidente do Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Devin Nunes, revisou informações sensíveis na Casa Branca um dia antes de anunciar que as agências de inteligência do país interceptaram informações sobre o presidente Donald Trump e sua equipe durante a campanha eleitoral. Um porta-voz de Nunes disse que o deputado republicano, encarregado de monitorar a força investigativa da suposta interferência russa na eleição de 2016, usou um local seguro para tratar do assunto com uma fonte, que não teve o nome revelado.
Na última quarta-feira, Nunes foi à imprensa dizer que tinha preocupações sobre como as agências de inteligência lidaram com a informação relacionada a Trump e seus comandados. O anúncio foi feito após semanas de acusações sem provas de Trump no Twitter de que o ex-presidente Barack Obama teria ordenado grampos contra ele na Trump Tower, em Nova York, durante a transição.
Nunes não revelou a fonte de sua informação nem descartou a possibilidade de que a própria Casa Branca a tenha divulgado. A rede CNN já havia informado sobre a reunião de Nunes com a fonte na Casa Branca.
Trump disse na semana passada que se sentia “um pouco vingado” após o anúncio de Nunes sobre o monitoramento. Nunes não deu evidências para apoiar a alegação de Trump e admitiu que a acusação do presidente de que havia sido grampeado era “errada”.
Nunes foi criticado por divulgar à imprensa e à Casa Branca suas informações, antes de compartilhá-las com os colegas do comitê. Os democratas pediram que ele se afaste da investigação sobre a eventual influência da Rússia, diante de sua proximidade com Trump – o deputado participou da transição de governo. Fonte: Dow Jones Newswires.