Deputados do PSOL, PSB, PT, PPS, PDT, PMDB, PR, PSC, PROS e PTB divulgaram, nesta quinta-feira, 20, um manifesto pedindo a saída do deputado Eduardo Cunha da presidência da Câmara. No documento, que não divulga o nome dos parlamentares, é destacado que a denúncia é gravíssima, expõe o parlamento brasileiro e “torna insustentável a permanência do deputado na presidência da Casa”.
Os parlamentares afirmam no documento que há um robusto conjunto probatório e que a Procuradoria Geral da República indica que Cunha se utilizou de requerimentos de informação para chantagear empresários, em troca de propina. “A diferença da condição de um investigado em inquérito da de um denunciado é notória. Neste caso, Cunha é formalmente acusado de ter praticado crimes. Agora, com a denúncia do Ministério Público, a situação torna-se insustentável para o presidente, que já demonstrou utilizar o poder, derivado do cargo, em sua própria defesa.”
O documento conclui que o exercício da presidência da Câmara dos Deputados requer equilíbrio, postura ética e credibilidade. Os parlamentares ainda “clamam pelo afastamento imediato do peemedebista”. “A responsabilidade de um dirigente maior, de uma das Casas do poder legislativo, é incompatível com a condições de denunciado”, finalizam.
Neste momento, os parlamentares de oposição a Cunha, entre eles, Ivan Valente (PSOL-SP), Chico Alencar (PSOL-RJ), Glauber Braga (PSB-RJ), Julio Delgado (PSB-MG), Henrique Fontana (PT-RS) e Alessandro Molon (PT-RJ) fazem uma coletiva no Salão Verde da Casa, reforçando o pedido de destituição de Cunha.