Economia

Deputados do PT fazem abaixo-assinado por ação contra Cunha no Conselho de Ética

Um grupo de deputados federais do PT está coletando assinaturas desde a manhã desta terça-feira, 1, para um documento que defende o prosseguimento da representação contra deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no Conselho de Ética e o imediato afastamento do peemedebista da Presidência da Câmara.

A iniciativa é de deputados que assinaram o documento “Muda PT!” durante o Congresso Nacional do Partido, em junho. Na época, o texto teve adesão de 35 dos 60 deputados federais petistas, incluindo parlamentares de diversas correntes internas.

O objetivo é construir uma maioria na bancada federal contra Cunha até o início da sessão do Conselho que vai decidir pelo prosseguimento ou não da representação e, assim, pressionar os três deputados petistas que integram o colegiado a votar contra o presidente da Câmara.

Com isso, os autores do documento esperam contornar a manobra feita pelo governo de evitar que o partido fechasse questão contra o peemedebista e o provocasse a autorizar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O líder do PT na Câmara, Sibá Machado (PT-AC), se recusou a convocar uma reunião da bancada para fechar questão sobre o destino de Cunha. Segundo fontes petistas, ele seguiu orientação do Palácio do Planalto, que teme uma represália do peemedebista com a abertura do processo de impeachment. Além disso, um grupo de deputados petistas é aliado de Cunha. Sibá não atendeu os telefonemas da reportagem para comentar o assunto.

Além disso, a direção nacional do PT se recusou a deliberar uma posição sobre o tema, também por orientação do Planalto para evitar represálias de Cunha. Em sua última reunião, o Diretório Nacional do PT havia determinado que os três petistas no Conselho de Ética votariam conforme determinação partidária. No entanto, o presidente do PT, Rui Falcão, não convocou a direção para decidir a orientação.

Segundo o abaixo-assinado, “Cunha tem revelado diuturnamente a falta de qualquer pudor em utilizar sua posição na Câmara em proveito próprio”. “Demandamos que o Conselho de Ética decida pelo prosseguimento da representação ali ajuizada, tendo em vista a contundência das provas até então apresentadas contra o deputado”, diz o texto.

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