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Dersa e DAEE negam que obras tenham potencializado enchentes de sexta-feira em Guarulhos

A cidade de Guarulhos sofreu com o temporal da última sexta-feira, 25/01. Foram 24 pontos de alagamento na cidade. Segundo informações obtidas pelo GuarulhosWeb, choveu 140 mm em apenas 4 horas no fim daquela tarde, deixando muitos guarulhenses desabrigados e sem seus pertences.
 
Chamou a atenção da reportagem os alagamentos em locais que não costumam encher como o ocorrido na semana passada. Coincidentemente, todos eles em pontos às margens do Rio Baquirivu, como o Terminal Metropolitano Taboão e a Rodovia Hélio Smidt.
 
O GuarulhosWeb procurou, nesta segunda-feira, o DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) e a Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), empresas ligadas ao Governo do Estado que possuem obras no Baquirivu e no trecho norte do Rodoanel, respectivamente.
 
Ambas negaram que os trabalhos realizados tenham influenciado negativamente nas inundações atípicas de sexta-feira.
 
A reportagem indagou a Dersa sobre as obras do Rodoanel e o impacto nas inundações do Jardim São Geraldo. Em resposta, a empresa informou que o trecho de obras do Rodoanel Norte mais próximo ao local citado fica a 3 quilômetros de distância e já está concluído. “Portanto, o empreendimento não teve interferência na enchente que ocorreu na última sexta-feira. A Companhia também esclarece que o projeto de drenagem do Rodoanel Norte foi dimensionado respeitando a microbacia da região, o que evita qualquer risco de enchente a partir de suas obras”, completa a nota.
 
Segundo o DAEE, a canalização de 2,7 quilômetros do rio Baquirivu-Guaçu, no trecho entre a foz do rio até as proximidades do Parque Cecap, após a Via Dutra, não tem relação com os pontos atingidos pelas enchentes. “As obras são parte integrante da 1ª Etapa do Parque Várzeas do Tietê e vêm se desenvolvendo conforme o cronograma, com previsão de conclusão em julho de 2019. As obras têm por objetivo combater as enchentes na região e não incluem desvio do leito do rio. Atualmente as ensecadeiras operam em trechos distantes dos locais mencionados”, diz trecho da nota enviada à redação.
 

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