O Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo divulgou nesta semana que 98% dos farmacêuticos entrevistados em pesquisa com a categoria relataram falta de algum medicamento. Deste total, 93% dos farmacêuticos disseram sofrer com o desabastecimento de antibióticos; 76% também indicaram falta de remédios para problemas respiratórios, principalmente medicamentos expectorantes e 68% deles apontaram a falta de remédios antialérgicos.
A falta de insumos é provocada pelo lockdown na China e pela guerra na Ucrânia. Marcelo Polacow, presidente da entidade, disse que não há como prever quando o problema será resolvido e que é importante que os médicos consultem farmacêuticos sobre o que está em falta antes de fazer a prescrição para os pacientes.
O problema que ocorre em todo o Brasil já é sentido em Guarulhos. Segundo o GuarulhosWeb apurou, já existe falta de medicamentos tanto nas farmácias privadas como na rede pública. A Secretaria Municipal de Saúde informou que as UBS (Unidades Básicas de Saúde) não contam com alguns medicamentos bastante procurados pela população como amoxicilina, dipirona, sulfato ferroso, acetilcisteina e carmabazepina.
Na rede municipal, dependendo da conduta médica e se não houver alergias por parte do paciente, a amoxicilina pode ser substituída pelo clavulanato e a dipirona pelo paracetamol e ibuprofeno. Os demais não têm substitutos. Mas ainda segundo apurou a reportagem, diversas farmácias particulares também já não oferecem os medicamentos. Algumas aceitam encomendas ou buscam em outras unidades da rede em outras cidades da região metropolitana.
O Ministério da Saúde informou que trabalha para manter a rede de saúde abastecida com remédios oferecidos pelo SUS e para tentar evitar o desabastecimento. Já a Secretaria de estado da Saúde disse que os medicamentos listados pelo conselho são adquiridos diretamente pelas cidades.