Cidades

Desabrigados da Hatsuta deverão deixar o Thomeozão até segunda-feira

Almeida afirma que prefeitura possui cadastro dos moradores prejudicados, que serão encaminhados a conjunto habitacional no Lavras

A data de desocupação do abrigo provisório no Ginásio Thomeozão, no Bom Clima, é a única certeza que os desabrigados da Hatsuta possuem. As famílias deverão deixar o local até segunda-feira, quando será realizado um evento sobre o Bolsa Família. No entanto, a Prefeitura ainda não definiu um destino para os moradores atingidos pelo incêndio.

Segundo o presidente da Associação dos Moradores da Comunidade Hatsuta, Gilvan Laércio da Silva, nada foi apresentado pelo governo, mas algo precisa ser definido até hoje. "O prefeito não vai entrar no mérito da questão durante o fim de semana e uma solução deve ser encontrada antes da segunda-feira".

Silva comenta que o problema habitacional da comunidade nunca foi dialogado com a Prefeitura. "Tentamos agendar uma conversa com o prefeito em outubrao passado, mas não existe diálogo. A única posição que nos deram, mas sem prazo definido, foi a da locação social ou a da indenização".

O prefeito Sebastião Almeida (PT) diz que as famílias de dentro da Hatsuta estão todas garantidas para o conjunto habitacional, em construção no Lavras. "Para as famílias desabrigadas estamos trabalhando com a possibilidade da Prefeitura dar um auxílio, ao exemplo do que foi feito na favela dos Pallets da Fernão Dias, para que elas possam ter um período de aluguel." No ano passado, para cada família dos Pallets a Prefeitura destinou R$ 1.500,00.

Almeida afirma que a administração tem o cadastro de quem estava dentro da Hatsuta. "O problema é que depois apareceram várias outras pessoas, algumas delas, inclusive, vieram da favela dos Pallets. Elas ocuparam a frente da Hatsuta e hoje tentam dizer que também irão para um programa habitacional, mas as coisas não são resolvidas assim".

Esta semana o prefeito se reuniu com a Defesa Civil e com a secretaria de Governo. "Estamos correndo contra o tempo. Mas por enquanto fica definido às famílias cadastradas, que terão seus apartamentos, as demais têm que se inscrever no programa federal Minha Casa Minha Vida, como todo cidadão que não tem moradia", ressalta Almeida.

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