Política

DESCASO COM QUEM TRABALHA E PRODUZ

Confira a coluna política semanal do deputado federal Carlos Roberto (PSDB-SP)

A administração do PT não cansa de dar demonstrações de que despreza a classe produtiva em todo o país. No mesmo momento em que o governo federal se revela incompetente para controlar os índices inflacionários, permitindo que as taxas fujam dos limites máximos de tolerância para garantir a estabilidade da economia, a presidente Dilma Rousseff volta a usar o horário nobre de TV e rádio para, em cadeia nacional, fazer discursos no vazio.


Depois de abandonar os sindicatos de trabalhadores falando sozinhos e as entidades patronais sem respostas em relação a medidas efetivas para promover o desenvolvimento do Brasil, com a aproximação de mais uma campanha eleitoral, discursos populistas que – cada dia mais – se afastam das práticas. Em Guarulhos, um exemplo claro de como o PT destrata o funcionalismo pode ser visto em mais uma campanha salarial dos servidores públicos. Aliás, abandonar os trabalhadores à mingua é marca registrada desses 12 anos do partido à frente da cidade.


O ex-prefeito Elói Pietá (PT), por exemplo, deixou o funcionalismo por vários anos com apenas 1% de reajuste anual. Foi, como dizem os próprios servidores, o pior prefeito para a categoria. Já o atual Sebastião Almeida (PT) não fica atrás. Desde que assumiu, em 2009, se gaba de conceder a reposição da inflação. No entanto, como ex-presidente do sindicato que representa a categoria, sabedor dos problemas que afetam o funcionalismo, tinha a obrigação de corrigir os erros de seu padrinho e antecessor. Mas não. Como é praxe, já vai para o quinto ano de omissão.


Desta vez, concedeu aos servidores apenas 5,67% de reajuste, quando o próprio governo federal trabalha com um índice superior a 6,5% ao ano de inflação, fora da meta estabelecida, inclusive. Ou seja, o prefeito não concede nem o que a categoria perdeu no último ano e, nem de longe, cumpriu um compromisso firmado com a categoria de ir, ano a ano, recompondo as perdas dos anos de Pietá. Pior ainda é saber que esses servidores desprezados pelo prefeito são obrigados a trabalhar em dobro. Por eles mesmos e pelos fantasmas que povoam os corredores da administração.


Nunca é demais lembrar que a Prefeitura de Guarulhos gasta quase 6% do Orçamento Anual do Município para garantir a folha de pagamento dos comissionados, cerca de 2.400 funcionários nomeados por interesses partidários, que são usados para a manutenção do poder pelo poder, a marca registrada desse partido. Sim, a cidade está gastando R$ 200 milhões por ano com servidores indicados por vereadores dos partidos aliados, do próprio PT, sem uma justificativa plausível. É dinheiro público usado para pagar as campanhas do partido e dar um passo adiante rumo ao totalitarismo.


Lamentável ainda frisar que o que acontece em Guarulhos é apenas uma amostra do que o PT faz por todo o país. É o modus operandi de quem busca, por meio do suor da classe produtiva, se perpetuar no poder. Fosse realmente dos trabalhadores o partido, os reajustes para os servidores que trabalham de fato seria mais condizente com a realidade e os comissionados teriam um espaço bem menor na administração.


Carlos Roberto é deputado federal e mebro da Executiva Municipal do PSDB de Guarulhos

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