Economia

Desembolsos do BNDES no 1º semestre caem 18% ante igual período de 2014

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta quinta-feira, 3, que liberou R$ 68,775 bilhões para empréstimos em curso no primeiro semestre deste ano, queda nominal (sem descontar a inflação) de 18% em relação à primeira metade de 2014.

Com a recessão da economia e o adiamento de investimentos, a aprovação de novos empréstimos despencou à metade na comparação com o primeiro semestre de 2014, para R$ 43,130 bilhões. As consultas, termômetro da intenção de investimentos para o médio prazo, recuaram 47% na mesma base de comparação, para R$ 60,746 bilhões.

Por setores, os projetos das empresas de comércio e serviços, que perderam prioridade na nova política de financiamento do banco de fomento, receberam R$ 15,039 bilhões no primeiro semestre, 36% menos do que em igual período do ano passado. Os projetos de infraestrutura, muitos deles tocados por empresas controladas por construtoras envolvidas na Operação Lava Jato, receberam R$ 26,048 bilhões, 16% abaixo do liberado em igual intervalo de 2014.

Os projetos da indústria desembolsaram R$ 20,271 bilhões no BNDES no primeiro semestre, 9% menos do que na primeira metade de 2014.

Já agropecuária teve desembolso de R$ 7,417 bilhões, 1% menor em termos nominais.

“As micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) mantiveram participação relevante, de 28,7%, nos desembolsos do BNDES no primeiro semestre do ano. Nesse período, foram liberados R$ 19,7 bilhões às empresas de menor porte, com a realização de 464 mil operações. Por trás desse resultado, está o Cartão BNDES”, diz a nota divulgada pela instituição.

Segundo o banco de fomento, os desembolsos do Cartão BNDES, crédito automático para empresas de menor porte, somaram R$ 5,8 bilhões entre janeiro e junho, alta nominal de 12,7% na comparação com o primeiro semestre de 2014. “Projeções do banco indicam que as liberações do Cartão BNDES deverão somar este ano cerca de R$ 15 bilhões, com expansão de 10% sobre os resultados do ano anterior”, diz o BNDES.

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