Cidades

Destino dos moradores da Hatsuta segue indefinido

Incêndio na última terça-feira deixou 52 famílias desabrigadas

O futuro dos moradores da favela Hatsuta que ficaram desabrigados após o incêndio que consumiu parte da área externa da comunidade continua indefinido. O Governo Municipal ainda não sabe o que fazer com as 52 famílias que tiveram os barracos queimados na última terça-feira, dia 28, sendo que 25 foram alojadas no Thomeozão após dormirem duas noites no Clube Cecap. As outras 27 famílias foram para casa de parentes ou amigos. Uma reunião na tarde da sexta-feira, dia 2, no Paço Municipal, aconteceu para dar destinos as pessoas, no entanto, com a ausência do prefeito Sebastião Almeida e de seu secretariado, ficou resolvido que as famílias continuam no Thomeozão até a próxima quarta-feira, dia 7, quando uma nova reunião será feita na sede do governo.

Não bastasse isso, outras 67 famílias da parte externa da favela que não tiveram suas casas atingidas pelas chamas, continuam em situação de risco no local e precisam ser retiradas de lá urgentemente. Muitos barracos já invadiram um trecho da avenida Tancredo Neves, que corta o local.

DemoraA vereadora Luiza Cordeiro (PCdoB) criticou a forma com que o Governo Municipal está levando a situação. "O governo nomeou o Paulo Victor – diretor da Defesa Civil – para resolver o problema, mas ele não tem poder de certas decisões. Jogaram o problema nas costas da Defesa Civil", disparou a vereadora. "A situação no Thomeozão está caótica", acrescentou. Isso porque na noite de quinta-feira, muitas crianças e adultos apresentaram quadro de diarréia que se estendeu por todo dia seguinte. A suspeita é de que o leite ou a comida servidos para a família pudesse ter algum problema. "Chamamos a Vigilância Sanitária para averiguar, mas disseram que só iriam no local na próxima segunda", relatou a vereadora.

Outro problema é a quantidade de pombos que vivem sob a cobertura do ginásio. Muitas famílias relataram que fezes das aves estavam espalhadas pelas camas. "A zoonoses foi chamada e, até o fim da tarde desta sexta-feira nenhum técnico apareceu para verificar a situação dos pombos".

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