O ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro Neto, disse que a alta do dólar é uma oportunidade para a indústria brasileira e compensa desvantagens locais, como altos custos de logística, tributários e de capital. “A desvalorização cambial vai produzir resultado expressivo por substituição de importações”, completou.
De acordo com o ministro, a pasta está finalizando o Plano Nacional de Exportação, que terá um pilar forte em garantias e seguro, como o Proex Equalização, em que o Tesouro Nacional custeia parte dos encargos financeiros das exportações. “Se existe algum incentivo que nesse momento se justifica é o apoio do Tesouro às exportações”, defendeu. Na avaliação do ministro, há espaço para que os bancos privados atuem mais no financiamento às exportações.
Monteiro defendeu ainda a reforma do PIS/Cofins e a criação do crédito financeiro, pelo qual tudo o que a empresa comprar gera crédito tributário. Para o ministro, essa questão simplificará o ambiente para as empresas.
Indústria
Monteiro disse que é necessário evitar que o Brasil passe por um processo de desindustrialização precoce. “A indústria vem perdendo participação no PIB e isso o Brasil não pode aceitar. É preciso uma política industrial que resgate a competitividade”, ressaltou. Entre as prioridades da política industrial, o ministro destacou a redução nos custos dos insumos, entre eles a energia.
Segundo o ministro, o governo está promovendo um esforço para retomar programa de parcerias com o setor privado, com o programa de concessões que está em formatação. “O programa vai garantir taxas de retorno que estimulem a participação do setor privado”, completou.
