Economia

Desvalorização do real chama atenção de investidores e pesa nas bolsas de NY

A pressão negativa sobre as bolsas de Nova York reflete uma combinação de fatores que envolvem a situação da Volkswagen, deterioração dos principais países emergentes – China e Brasil – e a renovação na onda de vendas que foi brevemente interrompida por um rali de especulações em torno do Federal Reserve na semana passada.

A desvalorização acentuada do real tem começado a entrar no foco dos investidores internacionais. A moeda atingiu a maior baixa em duas décadas contra o dólar norte-americano nesta quarta-feira, 23 – seu ponto mais baixo desde que a moeda foi introduzida em 1994 -, e está 35% abaixo em relação ao dólar este ano.

“O real caiu 10% em relação ao dólar este mês, o dobro do que qualquer outra grande moeda dos emergentes”, disse o estrategista do Société Générale, Kit Juckes. “Ou o real tem um rali de cobertura de posições vendidas ou temos o risco de arrastar outras grandes moedas de mercados emergentes e o clima global para baixo com ele. Apesar de todos os problemas do Brasil ocorrerem, em grande parte, no âmbito doméstico, o padrão de crises em emergentes, historicamente, é de um efeito dominó quando o humor do mercado se retroalimenta”, acrescentou.

De acordo com Mark Newton, analista da corretora Greywolf, os problemas em um dos pilares do Brics vão continuar ganhando a atenção se persistirem. “O Brasil não permanecerá fora do foco por muito tempo, logo será algo que todos falarão sobre o que causou o declínio das bolsas nos EUA”, afirmou o analista. Fonte: Dow Jones Newswires

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