Como uma novela cheia de suspense e espera, o Trevo de Bonsucesso chega ao capítulo final neste sábado, quando as obras que se arrastaram por mais de uma década chegam ao tão esperado “fim”. Mas o final feliz desta história só foi possível graças ao empenho do governo do prefeito Guti, que assumiu a Prefeitura de Guarulhos em 2017, com a determinação de entregar à população o complexo viário totalmente completo.
Porém, a tarefa não foi fácil. Guti pegou o Trevo com um projeto pronto, com uma série de falhas, mas com orçamento e verbas da Caixa Econômica Federal já aprovadas, o que impedia mudança de rumo, apesar de apenas 40% das obras concluídas naquele início de 2017. Nem mesmo as desapropriações necessárias para o prosseguimento do projeto tinham sido realizadas.
R$ 39,7 milhões dos cofres da Prefeitura de Guarulhos foram investidos no Trevo de Bonsucesso nestes últimos sete anos e meio como contrapartida aos investimentos federais e para pagar as desapropriações. Mas havia ainda outros obstáculos a serem superados.
O projeto inicial do Trevo previa a saída de um dos viadutos, que liga a região de Bonsucesso no sentido de São Paulo, a uma pista marginal da Dutra, que não existia. A concessionária responsável pela rodovia à época, a NovaDutra, não tinha essa obra em seu contrato que já caminhava para o final depois de mais de 20 anos. Somente a nova concessão, prevista para ser realizada em 2021, poderia incluir as marginais em suas obrigações.
Mesmo assim, o governo Guti prosseguiu com as obras do Trevo, entregando o complexo em fases, com a liberação das alças de acesso à rodovia onde era possível, bem como a construção do último viaduto, concluída em 2020, mas não entregue até agora justamente por não existir a necessária pista marginal da Dutra no sentido de São Paulo.