Estadão

Dez anos após 7 a 1, Felipão se reinventa, ganha títulos e continua na ativa aos 75 anos

Campeão do mundo em 2002 com a seleção brasileira, mas profundamente marcado como comandante no 7 a 1, Luiz Felipe Scolari prosseguiu normalmente a carreira, com os altos e baixos da vida de técnico, dez anos depois do fatídico episódio na Copa do Mundo de 2014, disputada no Brasil. Atualmente ele está sem clube, mas, aos 75 anos, ainda tem disposição para aceitar desafios.

Depois daquela trágica derrota para a Alemanha, na semifinal do Mundial, em Belo Horizonte, ele retornou ao Grêmio, time com o qual teve uma sequência de títulos na década de 90. Sem conseguir repetir o bom desempenho, pediu para sair em menos de um ano.

Felipão, então, partiu para a China, onde conseguiu levar o Guangzhou Evergrande a um patamar vitorioso. Foram três Superligas Chinesas, duas Supercopas da China, uma Liga dos Campeões da AFC e uma Copa da China em três anos. Ficou por lá até o fim de 2017.

De volta ao Brasil, levou o Palmeiras, outro clube com o qual tem grande afinidade e vitorioso histórico, ao título brasileiro em 2018 e foi eleito melhor treinador da temporada. No fim do ano seguinte, foi demitido.

Após uma pausa, Felipão foi para o Cruzeiro no final de 2020. O time havia sido rebaixado à Série B do Campeonato Brasileiro e não apresentava sinais de melhora. Com o treinador, apesar de não conquistar o acesso, o Cruzeiro evitou novo rebaixamento.

Em 2022, o treinador, pela primeira vez, assumiu duas posições: treinador e diretor técnico do Athletico Paranaense. Levou o clube à final da Copa Libertadores e à sexta posição do Brasileirão daquele ano. No fim daquele ano, anunciou sua aposentadoria como técnico.

Porém, voltou atrás no meio de 2023 para assumir o Atlético-MG. O contrato iria até o fim deste ano, mas Felipão foi demitido em março, antes da decisão do Campeonato Mineiro. Desde então, está à espera de propostas.

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