Dez das doze atividades econômicas registraram crescimento em 2023, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística com base em dados das suas Contas Nacionais. O órgão divulgou nesta sexta-feira, 1, o resultado do PIB de 2023, com crescimento de 2,9% ante 2022. O PIB do quarto trimestre de 2023 cresceu 2,1% ante um ano atrás.
O segmento de informação e comunicação avançou 2,6% em 2023 ante 2022 e, o de transporte e armazenagem, também cresceu os mesmos 2,6%.
O setor de produção de eletricidade e água cresceu 6,5% em 2023 ante 2022. "Houve condições hídricas favoráveis e a bandeira verde vigorou durante todo o ano de 2023. Além disso, o fenômeno climático El Niño aumentou a temperatura média, impactando o consumo de água e energia", disse a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
O comércio subiu 0,6% em 2023 ante 2022. Já as atividades financeiras avançaram 6,6%, e as atividades imobiliárias tiveram expansão de 3,0%.
A construção recuou 0,5% em 2023, e as outras atividades de serviços subiram 2,8%. Administração pública e seguridade social teve elevação de 1,1% em 2023 ante 2022.
A indústria de transformação caiu 1,3% em 2023 em relação a 2022. Segundo Rebeca Palis, uma das razões por trás desse encolhimento é a política monetária restritiva, com manutenção dos juros em nível alto que rebaixa os investimentos e os planos de expansão da produção.
As indústrias extrativas, por sua vez, cresceram 8,7%. Segundo Rebeca Palis, isso se deve ao aumento da extração de petróleo e gás natural e de minério de ferro ao longo do ano.
Já a agropecuária avançou 15,1% em 2023 ante 2022. "Esse comportamento foi puxado muito pelo crescimento de soja e milho, duas das mais importantes lavouras do Brasil, que tiveram produções recorde", disse a coordenadora.